A CBTU-MG (Companhia de Trens Urbanos de Minas Gerais) estima que a greve dos metroviários tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 6 milhões à empresa. A paralisação total acontece desde o dia 15 de fevereiro.
Segundo a companhia, o prejuízo leva em conta todo o período de paralisação, que inclui o feriado de Carnaval, quando há grande movimentação de pessoas nos trens da capital.
Conforme a CBTU, no último Carnaval, de 2020, o metrô transportou quase 800 mil usuários em todo o sistema, de sexta a terça-feira. Só a estação Central recebeu mais de 150 mil passageiros na época.
O Sindimetro-MG (Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais) pede estabilidade após a privatização do serviço, que foi leiloado à iniciativa privada em BH.
No dia 15, o TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) concedeu uma liminar que determinava a escala mínima de funcionamento diário de 70% dos trens, observada a totalidade da escala prevista em relação às linhas e aos horários habitualmente praticados, além do funcionamento de 100% dos serviços de segurança em período integral.
Também ficou instituída multa diária ao sindicato em caso de descumprimento da liminar, de R$ 150 mil nas datas de Carnaval (entre 17 e 22 de fevereiro) e de R$ 100 mil nos demais dias.
Já no dia 17, a Justiça do Trabalho determinou a cobrança imediata de R$ 250 mil pelo descumprimento da decisão liminar nos dias 16 e 17 de fevereiro e determinou o bloqueio imediato do valor nas contas do Sindimetro.
A categoria votou em assembleia, na última quarta-feira (22), a continuidade da greve. Os trabalhadores marcaram para o próximo sábado (25) uma nova reunião, na qual vão debater o futuro do movimento.
*Estagiária, sob supervisão de Pablo Nascimento