A demolição do viaduto Guararapes, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, deve durar 48 horas. Os trabalhos começaram na manhã desta segunda-feira (7) e, conforme estimativa da Defesa Civil, podem terminar na quarta-feira (9). A estrutura desabou na última quinta, matando duas pessoas e deixando outras 23 feridas. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, o fim da demolição não garante a liberação da avenida Pedro 1º, uma das principais da região norte da capital mineira. Com a retirada do elevado, ainda será feita uma inspeção das condições do pavimento.Leia mais notícias no R7 MGDoações eleitorais de construtora de viaduto subiram de R$ 10 mil a R$ 2 milhões ao ganhar licitação A PBH não descarta a possibilidade de reconstruir completamente o asfalto, que foi prejudicado com a queda da estrutura. A intenção, no entanto, é liberar a via considerada "arterial e muito importante para a cidade". O trabalho de demolição é acompanhado pela Defesa Civil municipal e Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), além da Polícia Civil e representantes da Cowan, empresa responsável pela construção do elevado. Em nota, a PC informou que a área onde ocorre a demolição corresponde à parte que obstruiu as duas pistas da avenida. Um raio de aproximadamente dez metros no entorno do pilar central será preservado, onde serão realizados exames periciais específicos para verificar a situação em que se encontra a fundação dessa parte da construção. O delegado Hugo e Silva, responsável pelas investigações, ouviu 20 pessoas, entre vítimas, testemunhas, engenheiros e operários da Cowan. Estão previstos outros depoimentos para os próximos dias. O policial aguarda também os laudos dos exames do corpo de delito das vítimas, produzidos pelo Instituto Médico Legal, que serão anexados aos autos.Autorização Na noite de sábado (5), a Cowan, empresa responsável pela obra, divulgou que havia sido autorizada a começar a demolição, que seria feita das 8h às 22h de domingo. No entanto, horas depois, o TJ (Tribunal de Justiça) impediu a remoção e especificou que o trabalho só poderia começar quando todos os órgãos competentes garantissem a segurança da operação. A nova autorização da Justiça foi dada na noite de domingo, pelo desembargador Adilson Lamounier.