Empresa deve pagar R$ 7.500 a funcionário negro chamado de "saco de carvão" pelo chefe

Uma empresa de transporte de cargas deve indenizar um trabalhador em R$ 7.500 por ele ter sido vítima de injúria racial. O Tribunal Regional do Trabalho comprovou que o próprio chefe do trabalhador usava o email funcional para praticar o crime de racismo, discriminando o funcionário e chamando-o do "chimpanzé" e "saco de carvão".

No processo, a empresa admitiu que não tinha política de controle dos emails, mas apontou que o funcionário não denunciou a prática à administração e que as ofensas também foram revidadas.

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Em seu voto, o desembargador Luís Felipe Lopes Boson rejeitou as justificativas, por considerar que o empregado não denunciou o caso por sofrer ameaça de demissão. Ele afirmou que as respostas indignadas do funcionário não podem ser comparadas ao teor racista das provocações.

O recurso da empresa foi negado. O funcionário, que também tentava aumentar a indenização, teve o pedido rejeitado, e deve receber os R$ 7.500 fixados em primeira instância.