Engenheiros iniciam estudos para reforma no presídio de Governador Valadares
Rebelião na unidade durante o fim de semana terminou com dois mortos
Minas Gerais|Do R7
Uma equipe de engenharia da Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social) chegou ao presídio de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, na manhã desta segunda-feira (8). De acordo com o órgão, os profissionais estão coletando dados para a confecção do projeto de reforma da unidade. As obras devem começar nos próximos dias e o contrato para as intervenções já foi assinado. No último domingo (7), chegou ao fim a rebelião que deixou dois presos mortos e outros dez feridos.
A situação começou a ser controlada por volta de 6h30, quando alguns rebelados começaram a se render. O secret[ario de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana, e o subsecretário de Administração Prisional, Antônio de Padova Marchi Júnior foram para a cidade com o objetivo de coordenar as ações. De acordo com um levantamento realizado pelo órgão, algumas celas tiveram portas danificadas, mas não houve nenhum dano na estrutura do presídio.
A Seds ressaltou que a prioridade das atividades foi a transferência dos presidiários. A rebelião teve início justamente por causa da superlotação do presídio de Governador Valadares, cuja capacidade é para 290 detentos, mas abrigava 800 pessoas.
Entenda o caso
A rebelião no presídio de Governador Valadares teve início na manhã de sábado nos blocos B e D, onde presos quebraram as grades das celas, colocaram fogo em colchões e fizeram alguns reféns. Já durante a tarde, detentos rebelados "atiraram do telhado da unidade cinco detentos que estavam em área de isolamento", sendo que eles foram socorridos e encaminhados a hospitais da cidade.
O juiz de Execuções Penais de Governador Valadares, Tiago Counagno Cabral, esteve no presídio na tarde de sábado para avaliar as condições da unidade e negociar o fim do motim. Além disso, militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), do GIR (Grupo de Intervenção Rápida) de Manhuaçu e de Teófilo Otoni e policiais do Batalhão de Choque foram deslocados para o presídio para negociar com os presos.
Nenhum militar ou agente prisional ficou ferido durante o motim.