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Estudo aponta que taxa de homicídios em Minas é 17,3% maior que o divulgado pelo Governo

Diferença está em mortes classificadas como "causa indeterminada", segundo Ipea

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7 MG

Em todo o Brasil, a cada ano são 8.600 assassinatos não classificados
Em todo o Brasil, a cada ano são 8.600 assassinatos não classificados

Minas Gerais é um dos cinco Estados brasileiros com maior subnotificação de assassinatos. As mortes violentas computadas como "causas desconhecidas" elevaria o índice de homicídios em Minas de 19,4 para 23,4, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ou 18% de diferença.

A conclusão é de um estudo do instituto divulgado nesta segunda-feira (5). O documento é assinado pelo pesquisador Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia.

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O Mapa Oculto dos Homicídios mostra que o número de mortes no Brasil é 18,6% maior que o total divulgado pelos governos - ou 8.600 assassinatos a cada ano. O trabalho estima o número de mortes classificadas como “causa indeterminada”, mas que tiveram características de homicídios comprovadas pela polícia.

Em Minas Gerais, a taxa de mortes indeterminadas para cada 100 mil habitantes foi de 6,7 em 2010 - ou a 4ª maior do Brasil. O estudo coloca o Estado entre os que possuem "altas taxas de homicídios ocultos", com índices de subnotificação semelhantes aos da Bahia, de Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.


Cerqueira classifica os resultados mineiros como um "preocupante fenômeno".

— Em Minas Gerais, (a piora gradual na indefinição das mortes) ocorre a partir de 2006.


Segundo o pesquisador, a taxa de homicídios divulgada em Minas Gerais é de 19,4, de acordo com o SIM (Sistema de Informações de Mortalidade). Considerando os homicídios que foram classificados pelo Estado como crimes de "causa indeterminada", o número de mortes chega a 23,4 para cada 100 mil habitantes.

De acordo com a Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), os números representam as mortes ocorridas após a conclusão dos inquéritos policiais, que não são computados pelas secretarias de segurança, e passam a integrar estatísticas do SUS. Não haveria subnotificações, segundo a Seds, mas casos não identificados como homicídios por médicos responsáveis pelo atendimento.

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