Ex-alunos apoiam professor acusado de assédio na UFMG
Para os estudantes, as informações estão "descontextualizadas"
Minas Gerais|Felipe Rezende, do R7
Ex-alunos do professor Francisco Coelho, que leciona ciências sociais na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), saíram em defesa do profissional. Coelho é alvo de uma sindicância, aberta após denúncias de assédio e machismo dentro da sala de aula.
O professor de sociologia Radamés Andrade Vieira é uma das 40 pessoas que assinou o manifesto entregue nesta segunda-feira (4) na diretoria da Fafich (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG)
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O objetivo, segundo ele, é apresentar "um testemunho diferente do que vem sendo apresentado".
— Todas as pessoas ficaram estarrecidas com essa informação. São frases infelizes, mas usadas de forma descontextualizada e truculenta contra o professor.
Vieira, que foi aluno de Coelho três vezes, conhece o professor há 15 anos e afirmou que está disposto a testemunhar em favor do professor se for preciso.
— Consideramos repugnante a maneira como o nome de um professor que tem uma carreira de quase 30 anos foi jogado assim sem qualquer possibilidade de defesa.
Segundo a assessoria da universidade, o manifesto foi incluído nas apurações do caso. A sindicância tem até o dia 22 de novembro para emitir um parecer.
Denúncias
Segundo as informações, Francisco Coelho teria assediado uma aluna em sala de aula, dizendo que gostaria de "vê-la na horizontal".
Já outra caso apresentado pelos alunos é o de Antônio Zumpano, que ministra a disciplina de matemática no curso de Gestão Pública. Os universitários alegam que o profissional tem costume de utilizar as redes sociais para postar mensagens homofóbicas.