Ex-secretário de meio ambiente é responsabilizado por morte de leões em zoológico
Os dois leões morreram em 2011 no zoológico de Pouso Alegre; veterinário também foi multado
Minas Gerais|Do R7, com Record MG
O ex-secretário de meio ambiente de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, Maurício Donizete Sales, e o veterinário Macos Vinícius de Souza foram responsabilizados pela morte dos leões Jade e Valentino, que ficavam no zoológico da cidade.
Os animais morreram em 2011. Vítima de maus tratos, desnutrida e doente, Jade foi a primeira a morrer. A leoa chegou a ser levada à clínica veterinária de Souza, responsável por cuidar dos animais do zoológico, mas não resistiu. Em seguida, Valentino morreu enquanto era transportado pelo (Ibama) (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de Pouso Alegre para Belo Horizonte.
O zoológico onde os leões viviam tinha ainda 180 animais de 32 espécies. Por causa das péssimas condições em que os bichos ficavam, em 2009 o Ministério Público pediu o fechamento do local. A prefeitura não cumpriu o acordo de fechar o estabelecimento e três anos depois os dois leões morreram.
Jade e Valentino ficavam em uma jaula pequena com um outro leão e praticamente não tinham espaço para levantar.
O ex-secretário foi responsabilizado pelas mortes dos animais porque teria sido omisso e apresentou informçações enganosas. A multa para ele é de R$ 20 mil. Já o veterinário vai ter que pagar R$ 71 mil porque teria emitido laudos falsos sobre a saúde dos leões.
O ex-secretário de meio ambiente da cidade disse que não é culpado.
— Em 2009 quando assumimos a administração municipal nós encontramos o zoológico em condições extremamente inadequadas para que os animais estivessem aportados no local. Responsabilidade do órgão ambiental maior, que é o Ibama, e também dos ex-administradores.
O veterinário Marcos Vinícius de Souza alega que nunca recebeu notificação sobre omissão nos laudos.
Os dois disseram que só foram multados porque afirmaram que o Instituto é o responsável pelas mortes dos leões. O Ibama não quis se pronunciar sobre as alegações.