Governo acredita em manifestações isoladas em BH durante a Copa do Mundo
Secretário destaca que grupos menores podem se envolver em atos violentos
Minas Gerais|Do R7*
Ao invés de ruas tomadas espontaneamente por 100 mil pessoas, como se viu em junho de 2013, os protestos esperados durante a Copa de 2014 em Belo Horizonte devem reunir grupos isolados, mas nem por isso menos violentos.
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A expectativa é do secretário de Defesa Social Rômulo Ferraz, que apresentou nesta terça-feira (13) a deputados estaduais e representantes do Tribunal de Justiça. das polícias Civil e Militar e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) as frentes de atuação das forças de segurança durante os jogos do Mundial. BH recebe seis partidas, incluindo uma semifinal do torneio, entre junho e julho deste ano.
Para Ferraz, o protesto por direitos que inicialmente atraiu famílias se dissipou em onda de violência e manteve nas ruas grupos radicais, como black blocs. Como em 2014 não haverá mais o caráter de novidade das manifestações, o secretário acredita que os protestos serão menos espontâneos.
— Se houver manifestações, serão promovidas por grupos organizados e sectários, e até podem ser mais violentas. De qualquer forma, o Estado está mais preparado e há um planejamento de segurança que irá garantir a tranquilidade a turistas e cidadãos que irão frequentar a cidade no período.
Segundo a Seds, 12 mil policiais farão a segurança de moradores e turistas durante o evento em Minas. A partir do dia 23 de maio o contingente começa a ser deslocado para Belo Horizonte.
No início do mês, as forças de segurança apresentaram equipamentos que vão ser usados para conter protestos. Entre as novidades está um canhão de som com frequência de 160 decibéis que provoca náuseas e dor em quem se aproxima. O canhão foi usado no Ceará em 2013 e ganhou o apelido de "inferno" por pessoas que ficaram expostas a ele.
* Com informações da Assembleia Legislativa