O Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) apresentou nesta segunda-feira (9) o documento que constata oficialmente a situação da escassez de água na região metropolitana de Belo Horizonte. O relatório foi mostrado durante mais uma reunião da força-tarefa criada para administrar a crise hídrica no Estado.
O documento é condição legal para que a Copasa (Companhia de Água e Saneamento de Minas Gerais) possa elaborar uma proposta de racionamento ou sobretaxa para quem consumir acima de uma média estipulada pelo governo. A previsão inicial da presidente da empresa, Sinara Meirelles, era de que a região precisaria adotar as medidas a partir de maio.
Economia de água em Minas fica abaixo da meta em fevereiro
De acordo com o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, que comanda a força-tarefa da falta de água, a Copasa ainda está avaliando qual o melhor modelo de racionamento.
— A expectativa é que este plano, que deverá ser o menos sacrificante para a população, seja apresentado à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais, no mais tardar, em meados de abril.
O secretário também disse que Minas Gerais está buscando parcerias com três governo estrangeiros que conseguiram reduzir drasticamente o desperdício de água nas últimas décadas: Japão, Catalunha e Holanda.
— Vamos fazer acordos de cooperação com esses governos para trazer a Minas Gerais esses sistemas que se mostraram bastante eficazes. O Japão, por exemplo, conseguiu reduzir o desperdício de água de 30% na década de 80 para 8% atualmente.
Helvécio também acrescentou que o governo está trabalhando em um plano de investimento para compensar o atraso tecnológico do sistema hídrico mineiro, que conta com hidrômetros e tubulação de água bastante antiquados.