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Jornalista é preso por fraudar documentos e intimidar testemunhas em BH

Marco Aurélio Carone, detido nesta segunda-feira (20), nega o crime

Minas Gerais|Do R7, com Record Minas

Polícia acredita que homem provocou atentado contra promotor; suspeito diz ser perseguido por questões políticas
Polícia acredita que homem provocou atentado contra promotor; suspeito diz ser perseguido por questões políticas

O jornalista Marco Aurélio Flores Carone, 60 anos, editor do Novo Jornal, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (20) em Belo Horizonte por fraude, calúnia e intimidação de testemunhas.

Ele é ligado ao lobista Nilton Monteiro, preso sob acusação de ter forjado a Lista de Furnas, documento que relaciona políticos do PSDB mineiro que teriam recebido dinheiro da estatal para alimentar campanhas com caixa dois. Perícia da Polícia Federal atestou a autenticidade da lista, que ainda é questionada na Justiça.

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Ele também é suspeito de ter participado do atentado contra o promotor do Ministério Público André Luiz de Pinho. O carro do promotor foi incendiado no dia 20 de dezembro no bairro Serra, região centro-sul de BH.


Segundo o promotor André Luiz de Pinho, Carone usava o Novo Jornal como fachada para a prática de delitos. Documentos seriam forjados, segundo a denúncia do MP, e publicados no site para intimidar políticos e empresários.

— Com o oferecimento da denúncia no ano passado, Carone passou a utilizar o site para intimidar testemunhas. Das 11 testemunhas citadas no processo, 10 foram mencionadas como criminosas.


Carone chegava ao trabalho no bairro Cruzeiro, na região centro-sul de BH, quando foi detido por investigadores da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio. Ele nega qualquer ligação com o crime e diz ser um preso político.

— Eu sou um preso político. Estou sendo preso por questões políticas. Quem me conhece sabe do meu trabalho, tenho 30 anos de profissão. Estou tranquilo e vou provar que isso não corresponde à verdade. Fiquei conhecendo o promotor hoje aqui, ele chegou me agredindo verbalmente. Meu passado me defende.

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