Ian Henrique Almeida teve morte encefálica
Reprodução/Record TV MinasA Justiça de Minas Gerais converteu para preventiva a prisão de Marcio da Rocha de Souza, de 31 anos, e Bruna Cristine dos Santos, de 34 anos, na noite desta terça-feira (10). O casal é suspeito de agredir Ian Henrique Almeida, de dois anos, que morreu na madrugada de terça no Hospital João 23, no centro de Belo Horizonte.
A decisão da juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto considerou as versões apresentadas pelo casal como inconsistentes. Na decisão, a juíza aponta que ao tentarem explicar o que teria acontecido na noite de domingo (08), o casal teria levantado a hipótese que Ian caiu no chão da cozinha ou que teria sido agredido pela filha, de 4 anos, de Bruna Cristine.
Ambas as versões, segundo a juíza, não são compatíveis com o quadro de saúde que Ian chegou no hospital, descrito pela equipe médica de plantão. A criança apresentava lesões na cabeça, escoriações no queixo, inchaço na testa e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias.
"Os depoimentos dos autores são extremamente frágeis, inconsistentes, carecem de credibilidade perceptível ao homem médio, revelando-se a extrema brutalidade das agressões que vitimou a criança Ian, agredida violentamente, ceifando-lhe a vida. O caso remete ao triste e emblemático precedente de Henry Borel, amplamente divulgado pela mídia.", apontou a juíza.
O casal havia sido preso em flagrante, na noite de domingo (08) por omissão de socorro qualificada. A decisão da Justiça de Minas Gerais dessa madrugada entende, ao analisar as circunstâncias do caso, que a conduta do casal melhor se configura como crime de maus-tratos.