Divinópolis (MG) foi a cidade com mais tremores neste ano segundo Observatório Sísmico
Prefeitura de Divinópolis / DivulgaçãoO Observatório Sismológico, da Universidade Federal de Brasília, registrou neste ano mais de 50 tremores de terra em todo o Estado de Minas Gerais. Os dados, disponíveis no site da universidade, foram confirmados pelo professor George Saad.
De acordo com o observatório, ao todo foram 52 tremores de terra confirmados pelo equipamento tecnológico de sismologia. Destes, quase a metade aconteceu somente em duas cidades: Sete Lagoas (MG) e Divinópolis (MG).
Na madrugada desta quarta-feira (28), um tremor de terra 2,8 graus na escala Richter foi registrado em Sete Lagoas (MG). Foi o 12º abalo sísmico na cidade da região Central de Minas no ano. Nas redes sociais, moradores divulgaram o tremor, registrados por câmeras de segurança.
Veja o vídeo:
"São tremores de baixa intensidade, causado por movimentações de falhas geológicas que ficam na região. Tende a ser um fenômeno natural", explicou o professor George Saad que, por "ironia do destino", estava na cidade pesquisando sobre o assunto e foi surpreendido pelo abalo sísmico.
No tremor de Sete Lagoas, segundo a Defesa Civil Municipal, não houveram vítimas e registro de ocorrência por danos
Ainda de acordo com o professor Saad, para um tremor de terra ter potencial de causar danos, seria necessário ser superior a 3,5 graus.
Divinópolis, a cidade dos Terremotos
A cidade que mais registrou tremores de terra no ano, segundo Observatório Sismológico, foi Divinópolis (MG), município da região Centro-Oeste que fica a 130 quilômetros de Belo Horizonte (MG). Ao todo foram 17 registros confirmados.
À 35 quilômetros de Divinópolis, em São Gonçalo Do Pará (MG), houve o tremor de terra mais intenso do ano, de 3,2 graus na escala Richter. O abalo sísmico aconteceu em 15 de janeiro.
Em 30 dias, do dia 10 de janeiro até 10 de fevereiro, foram 22 tremores somente na região Centro-Oeste. Seis em Carmo do Cajuru (MG), um em São Gonçalo do Pará (MG) e 15 em Divinópolis (MG).
"A gente não consegue ainda fazer uma associação entre os tremores ainda. Estamos pesquisando", disse o professor Saad