Ministério Público marca reunião entre empresas e rodoviários para negociações
Objetivo é confeccionar escala mínima que atenda à demanda do transporte na cidade
Minas Gerais|Do R7 com Record Minas
O Ministério Público do Trabalho vai reunir representantes das empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte e região metropolitana e funcionários do setor que estão em greve em uma reunião marcada para a tarde desta segunda-feira (24). O encontro será as 15h e tem como objetivo facilitar a negociação entre as duas partes para que seja feita uma escala mínima que atenda à demanda de passageiros.
A paralisação começou nesta madrugada. De acordo com o presidente do STTRBH (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte), Ronaldo Batista de Morais, até às 6h, 70% dos rodoviários haviam aderido ao movimento. Com a intenção de evitar atos de violência, a PM (Polícia Militar) reforçou o policiamento e enviou vários homens para a porta das estações.
Ainda pela manhã, no entanto, cinco ônibus já haviam sido depredados, segundo informações do Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), nos bairros Céu Azul, na Pampulha, e Floramar, na região norte da cidade. A PM, no entanto, confirmou apenas um chamado. Um coletivo teve vidros quebrados e pneus furados.
De acordo com a BHTrans, empresa que gerencia o trânsito na capital mineira, as 19 linhas alimentadoras que circulam nos bairros operam normalmente, fazendo a integração com o metrô, além de duas troncais.
No entanto, as estações de integração do Barreiro, Diamante, Venda Nova e Vilarinha seguem paradas. Na estação José Cândido, duas das três linhas que passam no local estão circulando com intervalos maiores. Já as linhas 62 e 33 estão circulando parcialmente, sem parar nas estações.
Reivindicações
A categoria reivindica reajuste salarial de 21,5%, jornada de seis horas diárias, ticket de alimentação com 30 folhas no valor de R$ 15 e piso salarial com valor de 30% acima do motorista de transporte convencional para os condutores do BRT/Move.
A última greve dos rodoviários ocorreu no ano de 2012 e durou quatro dias.
Multa
Conforme liminar da Justiça do Trabalho, 70% da frota deve rodar nos horários de pico. Caso contrário, as empresas de transporte coletivo podem pagar R$ 50 mil de multa por dia.