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Número de famílias em situação de extrema pobreza cresce em MG

Pedidos de ajuda têm aumentado, mas doações diminuíram; problema atinge mais de 3 milhões de mineiros

Minas Gerais|Arnon Gonçalves*, do R7 e Vinícius Rangel, da Record TV Minas

ONG's que arrecadam mantimentos para famílias carentes relatam diminuição das doações
ONG's que arrecadam mantimentos para famílias carentes relatam diminuição das doações ONG's que arrecadam mantimentos para famílias carentes relatam diminuição das doações

A quantidade de pessoas em situação de extrema pobreza, ou seja, com menos de R$ 10 por dia para sobreviver, cresceu em Minas Gerais. Em paralelo, o número de doações para ajudar as famílias carentes diminui, e pode estar ligado a uma crise econômica. O mesmo grupo sofre, ainda, de insegurança alimentar, por não conseguirem fazer uma refeição completa.

Danielle sobrevive com
R$ 400 reais por mês
Danielle sobrevive com R$ 400 reais por mês Danielle sobrevive com R$ 400 reais por mês

Danielle dos Santos, catadora de recicláveis, está afastada do trabalho por problemas de saúde e recebe R$ 400 reais por mês do programa Bolsa Família, pelos dois filhos. “Tenho somente o Bolsa Família, tirando isso é contando com as meninas”, conta sobre a ajuda que tem recebido de doações.

Já a dona de casa Gislene Rocha, vive com um salário mínimo, no valor de R$ 1.302, e também conta com a ajuda de doações. Segundo ela, R$ 450 do salário é para pagar o aluguel, e o que sobra é utilizado para alimentar ela e os quatro filhos. “É muito difícil. Às vezes a gente pede ajuda, pede um mantimento, um óleo, mas essa pessoa não tem para doar”, relatou a dona de casa.

No entanto, a realidade das duas é, também, a de milhões de pessoas no país atualmente. Segundo dados do Cadastro Único, disponibilizados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, em Minas Gerais, há uma escalada da pobreza. Em junho de 2020, por exemplo, haviam 2.769.149 milhões de pessoas nessa situação no país, até dezembro de 2022 a quantidade de pessoas chegou a 3.635.356 milhões. O que significa um aumento de 31.28% de brasileiros sem ter o que comer em casa.

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A quantidade de pessoas em situação de pobreza, ou seja, com menos de R$ 30 reais por dia para sobreviver, também cresceu. Já são 1.036.033 milhões só no estado de Minas Gerais. Geralmente, essas pessoas também sofrem de insegurança alimentar, já que não conseguem fazer uma refeição completa todos os dias.

ONG’s pedem ajuda

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Grupos envolvidos em arrecadar mantimentos e ajuda para famílias carentes também confirmam a realidade preocupante e o aumento de pessoas em situação de extrema pobreza.

O Mano Bill é coordenador do Cufa Barreiro, uma ONG que atua na região de mesmo nome, em Belo Horizonte, e que busca ajudar essas pessoas. “Nós vimos os pedidos de ajuda só aumentarem, mas as doações não tem chegado. E todos os dias mais pedidos vem chegando na porta da nossa ONG”, contou o coordenador.

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Robson Caetano é coordenador do Projeto Vila das Flores, e confirma a situação de dificuldade que eles vêm enfrentando para arrecadar os alimentos. O projeto tem 800 famílias cadastradas, mas atualmente só conta com 50 cestas para atender a todos. “Nós estamos custando a receber doações, e sem elas não tem como ajudar o próximo. Então precisamos muito que as famílias nos ajudem com doações, para levarmos para essas mães que estão precisando muito nesse momento”, pede Robson.

*Estagiário sob supervisão de Maria Luiza Reis

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