Diretora de escola de BH acionou a polícia, ao descobrir os crimes
Record MinasUm palhaço suspeito de abusar sexualmente de crianças no Sul do País foi preso, no bairro Concórdia, na região nordeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), ele havia fugido para a capital mineira após ser indiciado por estupro. Márcio Ricardo da Silva, de 36 anos, mais conhecido como palhaço Kélven, teria abusado de duas crianças, de 12 e 13 anos, em agosto deste ano, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina.
Segundo a PM, Silva se apresentava em escolas infantis e aproveitava para se aproximar dos menores. De acordo com as investigações, o modo de agir do suspeito era sempre o mesmo: combinava uma apresentação nas instituições de ensino e ganhava a confiança das crianças e dos pais. Em seguida, dizia que estava sem lugar para ficar e pedia abrigo. Já dentro da casa, quando ficava sozinho com a criança, cometia o crime. A mãe de uma das vítimas do palhaço descobriu a ação e chamou a polícia.
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De acordo com o major da PM Ronaldo Moreira, o suspeito foi indiciado por estupro na cidade catarinense e, para evitar a prisão, fugiu para Belo Horizonte. Na capital mineira, a diretora de uma escola pública descobriu o crime ao levantar a ficha do palhaço e acionou a polícia.
— Nós fomos acionados pela diretora e realizamos contato com a Polícia Civil (PC) de Santa Catarina.
Segundo os militares, Silva teria chegado em Belo Horizonte de carro e passado alguns dias no veículo. Dentro do carro, foram encontradas as fantasias e objetos que ele usava durante as apresentações. O palhaço, segundo a polícia, já teria sido condenado pelo mesmo crime.
Ainda não há registro de crime na capital mineira cometido por Silva. Porém, ele vai ficar preso preventivamente por 30 dias e, nesse período, deve ser transferido para Blumenau, onde responde pelo estupro. De acordo com a polícia, o carro do palhaço também foi apreendido por se tratar de objeto utilizado em prática criminosa.
Silva, que trabalha com circo desde os 15 anos de idade, disse que não tinha conhecimento das acusações e diz estar com a consciência tranquila.
— As pessoas tentaram me tumultuar perguntando se eu sabia o que acontece com as pessoas que fazem isso. Eu tenho plena convicção de que eu sou uma pessoa inocente. Eu não sou a pessoa que estão retratando.