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PM faz reunião com moradores de ocupação, mas não descarta conflito em despejo

Famílias que vivem na região do Isidoro ainda não sabem quando devem deixar o local

Minas Gerais|Do R7

Ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança serão afetadas
Ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança serão afetadas

A Polícia Militar está preparada para despejar as famílias que ocupam um terreno na região do Isidoro, em Belo Horizonte. Uma decisão da juíza Luzia Divina Peixoto, da 6ª Vara de Fazenda Pública Municipal, mandou retirar os moradores e realizar a reintegração de posse para a Granja Werneck S/A e outros empresários em agosto de 2013. Desde então foram realizadas diversas reuniões entre os órgão envolvidos, o Governo de Minas Gerais, a Prefeitura de Belo Horizonte e o movimento, porém, não houve acordo.

Em uma reunião de 15 minutos realizada nessa quarta-feira (6), no 13º Batalhao da PM, no bairro Planalto, na região norte de BH, as famílias foram avisadas sobre o despejo. A ação não tem data marcada e, a qualquer momento, moradores das ocupações Esperança, Vitória e Rosa Leão podem ser surpreendidas. Nesta quinta-feira (7) lideranças do movimento se encontram novamente com a PM para receber novos comunicados.

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As famílias não receberam informações sobre para onde devem ir, segundo Isabela Miranda, membro das Brigadas Populares.


— Foram desconsiderados processso necessários como verificar quantos idosos, crianças e deficiencites, moram lá. Só disseram que teria um abrigo, mas os abrigos de BH não comportam esse grande número de pessoas. Pode ser um massacre. São cerca de oito mil pessoas que não têm para onde ir e estão dispostas a resistir.

Já o major Gilmar Luciano, chefe da assessoria de imprensa da polícia, afirmou que o mapeamento dos moradores das ocupações no Isidoro já foi feito: segundo ele, há 2.700 pessoas vivendo no local. Na reunião desta quinta-feira a PM vai verificar com as lideranças a possibilidade de deixar o terreno pacificamente. Caso contrário, a polícia não descarta o conflito.


— A Polícia Militar, como instituição democraticamente constituída para preservar a integridade dos cidadãos e do patrimônio, vai tentar ao máximo uma negociaçaõ pacífica. Mas a lei será cumprida.

Ainda segundo o major, informações como funcionamento da operação de reintegração, número de militares envolvidos e destino dos moradores da ocupações será informada posteriormente em data próxima à ação de despejo.

* Com colaboração da estagiária Laura Marques

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