Polícia indicia 36 pessoas por venda de vagas em cursos de medicina em Minas e Rio
Dez pessoas permanecem presas; demais envolvidas vão responder em liberdade
Minas Gerais|Do R7
A Polícia Civil encerrou o inquérito que investigava fraudes em vestibulares de medicina em Minas Gerais e no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (11). A corporação decidiu indiciar 36 pessoas envolvidas no esquema. De acordo com as apurações da 2ª Delegacia Regional de Caratinga, no Vale do Aço, os suspeitos vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e fraudes.
Dentre os participantes do grupo, estão 17 estudantes identificados como compradores das vagas, que devem responder ao processo em liberdade. Dez pessoas que cumpriam prisão temporária tiveram a prisão preventiva decretada. Já outra será liberada. A polícia descartou a participação das médicas Micheline Vieira e Nathalie Franco Savino.
O delegado Diogo Bastos Medeiros, responsável pelo caso, informou que o Ministério da Educação será alertado de que as investigações descobriram existência de estudantes de medicina que estariam se beneficiando da quadrilha para fazer as provas durante os cursos.
Relembre o caso A megaoperação batizada de Hemostase é resultado de oito meses de trabalho na cidade de Caratinga e investigou a venda de vagas de medicina em faculdades particulares. Foi descoberto que a quadrilha movimentava milhões de reais com esquema. Cada vaga chegava a custar R$ 140 mil.
Segundo a polícia, as faculdades envolvidas seriam vítimas da quadrilha, mas não foi descartada a participação de funcionários na oferta das vagas. Houve compra de vagas nas seguintes instituições: PUC Betim, Unipac (Juiz de Fora), Faminas (BH), Unec (Caratinga), UI (Itaúna), Univaço (Ipatinga) e Funjob (Barbacena). No Estado do Rio, houve fraude em vestibulares da Unig (Itaperuna), Unig (Nova Iguaçu - RJ), Unifeso ( Teresópolis - RJ) e FMP (Petrópolis -RJ).