A partir desta sexta-feira (29), a Prefeitura de Belo Horizonte vai divulgar, diariamente, a situação da qualidade do ar na cidade. O monitoramento é feito a partir de duas estações, uma no bairro Esplanada, na região leste da capital, e outra no Santo Agostinho, região centro-sul.
Os dados são coletados desde dezembro do ano passado, mas só agora começaram a ser divulgados para a população. Segundo Cyleno Reis Guimarães, gerente de Sistema de Informações Ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, exatamente na "pior época".
— Esse período, pelas questões climáticas, é o mais desfavorável. De agosto até outubro, quando começam as chuvas, a tendência é que sejam registradores os piores índices.
A escala que mede a qualidade foi fixada pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e é dividida entre boa (de 0 a 50), regular (51 a 100), inadequada (101 a 199), má (200 a 299), péssima (300 a 399) e crítica (acima de 400). Conforme o especialista, Belo Horizonte se enquadra, em grande parte do tempo, na primeira categoria.
— Durante 70% do tempo o ar é bom e nos outros 30%, regular.
O índice é feito a partir da análise de cinco elementos: partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio. Para cada poluente, limites máximos de concentração são fixados. Quando ultrapassados, podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, além de ocasionar graves danos ao meio ambiente.
Desde o início das medições, a secretaria nunca registrou número considerado irregular na cidade. Nesta sexta, primeiro dia de divulgação, as duas estações apontam para qualidade regular.
No CMRR (Centro Mineiro de Referência em Resíduos), na região leste, o índice está em 73. Já no Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), na centro-sul, em 62. Durante o mês de agosto, a média na capital ficou em 49.
A qualidade do ar pode ser acompanhada pelo site da Secretaria de Meio Ambiente de BH. O dado é atualizado com o índice do dia anterior.