Protesto contra o aumento das tarifas de ônibus tumultua o centro de BH
Cerca de 200 pessoas estão no local; reajuste a R$ 2,85 foi publicado nesta quinta-feira (3)
Minas Gerais|Do R7
Cerca de 200 pessoas fazem um protesto no fim da tarde e início de noite nesta quinta-feira (3) na praça Sete, no centro de Belo Horizonte. Em seguida, o grupo seguiu até as estações do Move nas avenidas Paraná e Santos Dumont. A manifestação é contra o aumento das tarifas de ônibus, publicado no DOM (Diário Oficial do Município) de hoje.
Segundo a BHTrans, o trânsito ainda flui pela avenida Amazonas, no sentido Raul Soares e na Afonso Pena, no sentido Rodoviária. Nos sentidos contrários, o tráfego está parado. Viaturas da Polícia Militar estão no local e acompanham o ato, que segue sem registro de tumulto. O grupo fez pichações contra o aumento na estação da avenida Paraná. De acordo com a equipa da BHTrans que acompanha o protesto, não houve depredação.
Marcado pelo Facebook, o protesto prometia reunir mais de 4.000 pessoas no principal cruzamento da cidade.
O reajuste
De acordo com o decreto da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, a passagem de ônibus passou de R$ 2,65 para R$ 2,85, na maioria das linhas da cidade. A determinação vale a partir de meia-noite do próximo domingo (6).
O texto justifica o aumento com base nos resultados do “trabalho de vertificação independente, relativos às revisões contratual e tarifária definidas nas cláusulas 19 e 22 dos Contratos de Concessão do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus”. De acordo com a portaria, a auditoria do serviço apurou a necessidade de um reequilíbrio de 2,97% nos valores.A suspensão da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional das empresas de transporte coletivo e a falta de reajuste no final do ano passado foram outros fatores citados pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte).
Com o aumento, as linhas diametrais, semi-expressas, radiais, perimetrais e troncais passam de R$ 2,65 para R$ 2,85. Já as circulares e alimentadoras subiram de R$ 1,90 para R$ 2.,05. Entre os ônibus de vilas e favelas, o preço foi de R$ 0,60 para R$ 0,65. Nas linhas curtas de serviço executivo, a tarifa foi reajustada de R$ 4,00 para R$ 4,40. Nas longas, o usuário passará a pagar R$ 5,45.
O Ministério Público promete realizar perícia independente nos documentos sigilosos das empresas de ônibus para decidir se o aumento é ilegal ou fere os contratos. O resultado deve sair em 30 dias.