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Segurança que impediu cliente negra de entrar em supermercado é demitido 

Estabelecimento informou que o funcionário terceirizado não presta mais serviços para o local 

Minas Gerais|Do R7


Jornalista publicou desabafo no Facebook sobre o ocorrido
Jornalista publicou desabafo no Facebook sobre o ocorrido

O segurança de um supermercado de Belo Horizonte que impediu a jornalista Etiene Martins, de 32 anos, de entrar no local com uma mochila, foi desligado de suas funções. O fato aconteceu na última terça-feira (5), no estabelecimento que fica na rua da Bahia, no centro da capital mineira. 

O anúncio foi feito pelo Supermercado O Dia por meio de uma mensagem publicada no perfil da jornalista no Facebook. Na publicação, o estabelecimento afirma que "agradecemos a sua manifestação, pois foi por meio dela que identificamos posturas que não condizem com o nosso posicionamento". Conforme o o comunicado, o funcionário terceirizado já foi afastado e não presta mais serviços ao centro de compras.

Revoltada com o preconceito por ser negra, a cliente publicou um desabafo no Facebook que já recebeu 3.000 curtidas e quase 700 compartilhamentos. 

— Hoje descobri que sou o tipo de gente que rouba o Dia Supermercado! (...) Perguntei ao segurança onde era a entrada, já que de um lado havia uma roleta e do outro os caixas. O segurança, que se chama Nivaldo, olhou pra mim com seus olhos azuis de cima abaixo e gritou agressivamente que era para eu colocar a minha bolsa no guarda volume. O supermercado parou, funcionários e clientes voltaram a atenção para nós.


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Mesmo com a perplexidade dos outros clientes, ninguém se aproximou e o segurança ainda gritou com a jornalista e mostrou o cassetete. 

— Rodei a roleta e o segurança tirou o cassetete da cintura para me intimidar. Mesmo com medo, perguntei a ele se ele achava que eu iria roubar a loja. Ele olhou pra mim e falou bem alto: “é esse tipo de gente que rouba aqui todos os dias”.


Ao denunciar a agressão a uma supervisora do supermercado, a jornalista ouviu que o segurança já tinha discriminado outros clientes. 

— Ela me disse que isso já havia ocorrido outras vezes e que ela só estava esperando outra pessoa reclamar para pedir a substituição do mesmo. Aí não aguentei. Solução da história: fomos parar na delegacia eu e ela para fazer um B.O. de constrangimento, calúnia e ameaça. Tudo isso levou três horas e meia.

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