Seis militares acusados de matar comerciante por engano vão a júri popular
Mulher se escondia durante perseguição na MG-010, na Grande BH
Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7
Dez anos depois do crime, seis policiais militares serão julgados pela morte de uma comerciante e tentativa de homicídio de um motorista e um assaltante na MG-010, perto de Pedro Leopoldo, na Grande BH. A sessão do tribunal do júri ocorre em Vespasiano, na segunda-feira (14), a partir de 9h.
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De acordo com o processo, em fevereiro de 2004, policiais militares pararam dois carros na rodovia para usá-los como bloqueio a três suspeitos de roubo em fuga. Os motoristas foram orientados a se esconder em um matagal próximo. Durante a abordagem, os assaltantes correram para o mesmo lugar e os policiais abriram fogo. Ana Paula Nápoles da Silva morreu na hora. Outro motorista, M.S.A., e um dos suspeitos, J.N.S., foram baleados e sobreviveram.
Como os suspeitos estavam desarmados, a Justiça considerou que os tiros partiram dos militares. Entretanto, eles serão julgados por três tentativas de homicídio, já que não foi possível determinar de qual policial saíram os tiros que vitimaram a mulher. Sentarão no banco dos réus Marcílio Ramos Correa Vieira Júnior, Edson Simonal Martins, Robson Balbino Leonardi, Claudinei Cassemiro, José Luiz da Silva e Renato Loscha.
A decisão de manter o júri popular é do desembargador Furtado de Mendonça.
— Sendo veementes os indícios de que os tiros que atingiram as vítimas A.P.N.S., M.S.A. e J.N.S. tenham sido originados pelas armas dos policiais militares, estes devem ser submetidos ao julgamento pelo Tribunal do Júri, juízo natural de crimes dessa natureza.