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Vazamento de rejeitos deixa ribeirão "laranja" em Ouro Preto e Mariana

Compostos alteraram a cor da água, mas não provocaram contaminação

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7

Secretaria de Meio Ambiente garante que não houve contaminação nem risco para os moradores
Secretaria de Meio Ambiente garante que não houve contaminação nem risco para os moradores

Moradores de Marina e Ouro Preto, cidades históricas na região central de Minas, se surpreenderam com a mudança de cor do ribeirão do Carmo. As águas ganharam uma tonalidade alaranjada por causa do vazamento de rejeitos de bauxita de uma fábrica na quarta-feira (29).

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Técnicos da secretaria de meio ambiente dos dois municípios monitoram o ribeirão e garantem que não houve contaminação nem há prejuízo aos moradores. Nesta quinta-feira (30), segundo a Prefeitura de Mariana, a coloração do rio começou a normalizar.

O vazamento ocorreu pelo estouro de uma mangueira de rejeitos na planta industrial da Hindalco Industries do Brasil. O gerente da área de mineração e meio ambiente da empresa, Neder Ibrahim, explica que "o resíduo de bauxita é transportado por uma tubulação até um lago de decantação" e há uma canaleta de proteção por baixo do tubo ao longo de 2 km.


— Houve uma pequena fissura no tubo e o material retornou, pela canaleta, para a fábrica, e depositado em um piso impermeabilizado. O bombeamento foi suspenso imediatamente, conforme os procedimentos de prevenção de danos, mas em uma certa mureta tinha uma trinca por onde o material caiu no rio.

Segundo o gerente, o resíduo é neutralizado antes do transporte e, por isso, não provoca danos à população nem ao meio ambiente.


— Foram menos de 400 litros. Monitoramos o rio 24 horas por dia e o PH se manteve normal. O material não é tóxico, só possui a coloração avermelhada. O impacto é apenas visual.

A fábrica fica na antiga planta da Novelis. Ao R7, a empresa esclareceu que não atua mais com a extração de bauxita na região, já que em 2013 vendeu para a Hindalco do Brasil "os ativos de mineração, beneficiamento de bauxita e refino de alumina". A Novelis esclarece que suas operações em Ouro Preto "se restringem ao alumínio primário".


Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Ouro Preto, a empresa tem até sexta-feira (31) para apresentar laudo sobre o produto químico envolvido e os prejuízos provocados.

Em BH, vazamento de amônia provocou transtornos a moradores do bairro Bonfim:

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