O advogado do cantor Victor Chaves, Felipe Martins Pinto, disse, na tarde desta quarta-feira (5), que o sertanejo retirou a mulher do elevador, durante uma briga do casal, para evitar que ela fosse embora com a filha, de um ano. Segundo Pinto, Chaves explicou que Poliana Bagatini estava descontrolada e não tinha condições de deixar o prédio com a criança.
Nesta terça-feira (4), a Polícia Civil informou que Victor Chaves foi indiciado por vias de fato, o que é caracterizada como uma conduta ilícita menos grave do que um crime, uma vez que nestes casos não há nenhum edema ou marca que identifique uma lesão corporal. Segundo especialistas, a lei entende que um esbarrão, empurrão ou até mesmo um ato de violência que não deixe marcas pode ser enquadrado como vias de fato.
A confusão envolvendo o casal aconteceu no dia 24 de fevereiro e teria começado, segundo o advogado, porque Poliana não queria que a filha, fosse até o apartamento da sogra que mora no mesmo prédio do casal.
— Ela estava quebrando objetos e ofendendo, inclusive com palavras de baixo calão. Ele tentou contê-la com palavras e acalmá-la. Ela disse que ia pegar a filha e ia embora. Ela não é de Belo Horizonte, não conhece a cidade e estava extremamente descontrolada. Ele se colocou a frente da porta do elevador dizendo que ela não poderia sair com a filha porque ela não tinha condições. Ela, então, entrou a força no elevador e ele a puxou.
Após a discussão, Poliana foi até a delegacia mais próxima e registrou um boletim de ocorrência dizendo que teria sido agredida pelo marido por motivos fúteis, que foi jogada ao chão e recebeu vários chutes. Ainda em depoimento ela contou que após cessarem as agressões, foi impedida por um segurança e pela irmã de Chaves de sair do local. Poliana teria usado as escadas para descer alguns lances e teve a ajuda a uma vizinha, que apenas chamou o elevador, para ela conseguir deixar o prédio.
Assita à programação da RecordTV, ao vivo, pelo R7
Ainda de acordo com o depoimento da empresária, enquanto prestava queixa na delegacia, ela estava sendo ameaçadas via mensagens eletrônicas, pela cunhada Paula Chaves. Poliana foi orientada pelos policiais a procurar a Divisão Especializada em Atendimento à Mulher. Ela chegou a ser atendida, mas foi embora antes de ser encaminhada para fazer o exame de corpo de delito, que poderia comprovar as agressões. O exame foi realizado dias depois.
O inquérito do cantor foi enviado para o Juizado Especial Criminal que vai dar continuidade ao caso. A defesa de Chaves aguarda o posicionamento do Ministério Público Estadual que vai definir se o inquérito vai virar um processo.
— Nós estamos aguardando o Ministério Público se posicionar em relação ao inquérito, mas o Victor tem a convicção da conduta que ele praticou e da inocência dele.