Ford Maverick chega ao Brasil por R$ 239 mil; R7 já acelerou a novidade
Modelo chega em versão única Lariat FX4 com motor 2.0 litros turbo EcoBoost de 253 cv
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
Depois de apresentar a Maverick no Brasil no ano passado, a Ford lançou a pick-up no mercado brasileiro na versão Lariat FX4 ao preço de R$ 239.990. A novidade vem equipada com motor 2.0 litros turbo EcoBoost que entrega 253 cv com tração integral sendo a pickup do segmento mais potente do país com pacote mais equipado de itens de série. Fabricado no México o modelo desembarca no mercado brasileiro com a proposta de alta performance com preço e posicionamento distante da rival Fiat Toro. Veja a avaliação do R7 Autos Carros.
NOVA PICK-UP FORD MAVERICK 2022 não é diesel mas é bonita e potente. Vai desbancar a Fiat Toro? Veja o vídeo!
A Ford oferecerá a Maverick com motor 2.0 litro turbo EcoBoost a gasolina, que entrega 253 cv a 5.500 rpm e tem torque máximo de 38,7 kgfm a 3.000, conjunto já usado no Bronco oferecido aqui. Segundo a marca, o zero a 100 km/h é feito em 7,2 segundos e a retomada de 80 para 120 km/h em 5,9 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 175 km/h. A transmissão é automática de oito velocidades. A tração é integral AWD, a direção é elétrica, além de ter suspensão dianteira independente Twin-I-Beam e traseira Multilink.
Em relação ao tamanho, a Ford Maverick é menor do que uma pickup média com chassi e mede 5.073 mm de comprimento, 3.076 mm de entre-eixos, 1.844 mm de largura e 1.733 de altura. As rodas são de liga leve de 17 polegadas calçadas com pneus 225/65 All Terrain.
Olhando para o universo de pickups de passeio, a Ford Maverick é exatamente isso. Porém, diante de suas concorrentes como a Fiat Toro e a Renault Oroch, ela supera no desempenho e na proposta esportiva com seu motor turbo de 253cv.
O peso bruto total da Maverick é de 2.361 kg e a capacidade de carga é de 617 kg ou 943 litros. É possível rebocar até 499 kg. O tanque de combustível tem 67 litros. A proposta de desempenho fica clara nos números enquanto a Maverick busca um consumidor mais jovem que gosta de um veículo esportivo, não espera por uma utilitária diesel e faz questão de um bom pacote de itens de série. Vale lembrar que embora esteja disponível com motor 2.0 turbo a gasolina, a Maverick ainda não vai oferecer o modelo híbrido no país neste primeiro momento.
Design sugere robustez
A Ford Maverick traz o novo visual da marca, que também está presente no Bronco, lançado por aqui no ano passado com quem compartilha a plataforma. Esse design também será adotado pela nova Ranger, que chegará ao Brasil importada da Argentina no próximo ano.
A pick-up como um todo tem linhas quadradas. A dianteira conta com uma ampla grade frontal e dois grande faróis, que estão interligados por meio de uma barra cromada, o que sugere robustez ao modelo. O capô tem grandes vincos e o para-choque conta com entradas de ar e traços mais grossos. A traseira tem grandes faróis na horizontal, assim como na Ranger e a tampa de caçamba conta com o nome do veículo.
O interior impressiona pelo bom acabamento que também é visto no Bronco. O painel tem uma tela digital de 6,5 polegadas e central multimídia de 8,5 polegadas disposta na horizontal. A central tem alta resolução e conta com o sistema Ford Sync, que tem conexão com Android Auto e Apple CarPlay com fio, comandos de áudio e voz no volante e Bluetooth. Ainda há uma ampla variedade de porta-objetos distribuídos por toda a cabine.
Equipamentos e acessórios
A Ford equipou a versão Lariat FX4 com freios a disco nas quatro rodas, freio de estacionamento eletrônico e sistema auto hold. Também conta com frenagem autônoma com detecção de pedestre e ciclista, alerta de colisão frontal, sistema de assistência de frenagem, freio automático após impacto, cinco modos de condução, piloto automático, sistema Start/Stop, sete airbags.
Além disso, traz faróis de LED com acendimento e luz alta automáticos e luz de condução diurna, adesivos esportivos FX4, travas elétricas das portas e da caçamba, retrovisores elétricos com repetidor de seta, pré-instalação de engate para reboque com conector de quatro pinos e chicote. Já a caçamba conta com protetor, dois compartimentos de carga acima das rodas nas laterais, ganchos de fixação e abridor de garrafas.
Maverick na prática
O R7-Autos Carros testou a pickup Maverick dias antes do lançamento, em um percurso de livre escolha ao longo de dois dias. "Pessoalmente", a Maverick parece ter o porte de um modelo médio como a Ranger, embora seja mais baixa na prática. Com um olhar atento se notam os pneus de perfil misto e os vincos fortes, típico dos modelos Ford.
O acabamento como um todo impressiona pela boa qualidade na montagem do veículo. Além da boa qualidade do material de aço, por dentro há muitas superfícies emborrachadas e plásticos com couro de boa qualidade. A sensação de espaço é boa a bordo da Maverick que usa partida por botão e o câmbio automático é acionado por meio de um outro botão que gira para as posições de movimento ou estacionamento e não há shift paddles.
Por dentro, a Ford Maverick conta com ar-condicionado automático digital de duas zonas, chave com sensor de presença, acesso inteligente e partida sem chave, abertura das portas por código sem chave (herança de modelos antigos da marca), volante revestido em couro com ajuste de altura e profundidade, bancos com revestimento premium ActiveX e ajuste elétrico com oito posições para o motorista e ajuste manual de seis posições para o passageiro, bagageiro sob o banco traseiro, câmera de ré, seletor de marchas rotativo, quatro entradas USB, entre outros.
O motor 2.0 turbo impressiona também pelo desempenho. A Maverick literalmente "pula" ao menor movimento do acelerador mostrando a disposição do propulsor EcoBoost. A tração integral faz a diferença em terrenos alagados como os que cruzamos ao longo dos dois dias de teste nas regiões de Mairinque, Ibiúna e São Roque, no interior paulista. Tanto nas estradas alagadas quanto em situações de baixa aderência, os modos de condução da pickup se mostraram bem distintos entre si com auxílio para pisos enlameados e com pedras e cascalhos.
O consumo do motor gasolina também esteve dentro do esperado e divulgado pela Ford com 8km/l na cidade e 11km/l na estrada ao longo do nosso teste.
A Ford disponibiliza uma vasta gama de acessórios para a Maverick como capota rígida elétrica, capota rígida manual, capota marítima, santantônio, sensor de estacionamento, ponteira de engate, chicote elétrico do engate, assistente de descida da tampa da caçamba, suporte para bicicleta, extensor/divisor de caçamba, caixa organizadora lado esquerda e direito, estribos, alargador de para-lama, entrada de ar do capô, aerofólio da cabine, aerofólio da porta traseira e acabamento da porta traseira.
Diante da Fiat Toro, tanto as versões flex quanto a diesel ficam atrás da Maverick, bem como a Renault Duster Oroch que ainda não tem motor 1.3 turbo usados no Captur e Duster. Além disso a GM Montana ainda não foi lançada para fazer frente à novidade da Ford. Mais potente do que todas ela também tende a ser o modelo mais caro do segmento mas com diferenciais competitivos para quem quer tirar desempenho de uma pickup a gasolina.
A Ford Maverick ficou devendo alguns itens além dos shift paddles para controle manual do câmbio. A nova utilitária da marca não tem controle de Cruzeiro adaptativo, alerta de pontos cego ou sistema auxiliar de câmeras além da câmera de ré, única disponível para ajudar o motorista nas manobras.
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