Insatisfação com política econômica gera debandada na Economia
O principal nome a deixar a equipe de Paulo Guedes foi o secretário do Tesouro, Bruno Funchal. Outros 3 integrantes da equipe deixaram o cargo alegando 'motivos pessoais'
Blog do Nolasco|Do R7
O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, e mais três integrantes da equipe do ministro Paulo Guedes alegaram motivos pessoais para anunciar que vão deixar o cargo nos próximos dias. O anúncio feito hoje é resultado de uma insatisfação que cresceu nesta semana após a confirmação de que o governo pagará o Auxílio Brasil de R$ 400 a partir de novembro. Desde terça-feira, já havia a expectativa de baixas na equipe do Ministério da Economia.
De perfil técnico, Bruno Funchal é um forte defensor do ajuste fiscal e da redução dos gastos públicos. Durante o período de pandemia, ele teve que conviver com mudanças constantes nos rumos da política fiscal.
Bruno é formado em economia pela Universidade Federal Fluminense e foi secretário da Fazenda do Espírito Santo entre 2017 e 2018. Na época, o estado foi o mais bem avaliado em relação à capacidade de pagamento de dívidas, ou seja, o ajuste fiscal.
Para conseguir recursos para os programas sociais, o governo optou por mudar a forma de correção do teto de gastos. A proposta foi apresentada hoje ao Congresso e, no mesmo dia, demonstrando insatisfação com o aumento dos gastos públicos, Funchal e outros três colegas deixam a equipe de Paulo Guedes.
Com o início de uma possível debandada na equipe, a posição do ministro, que já era de fragilidade, fica ainda mais delicada.
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