O deputado ultraliberal Javier Milei, favorito na disputa pela Presidência da Argentina, tem feito promessas de difícil implementação. A principal delas é dolarizar a economia. A ideia de Milei é controlar a inflação do país, que está em 138,3% nos últimos 12 meses. O candidato também fala em acabar com o Banco Central e abandonar o controle monetário, algo até então impensável para um país do porte da Argentina. Enquanto a popularidade de Javier Milei cresce nas ruas da Argentina, o que se pergunta é: como implementar tais medidas econômicas? Na América do Sul, temos o exemplo do Equador, que dolarizou a economia. A medida foi suficiente para controlar a inflação, mas o país vive com dificuldades para manter um crescimento consistente.•Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp•Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp•Compartilhe esta notícia pelo Telegram A grande dificuldade de dolarizar a economia é que a Argentina não tem dólares suficientes. Por isso, alguns assessores de Milei têm atenuado a promessa dele dizendo que isso não ocorreria imediatamente e que o Banco Central não seria fechado. Outro problema pode ser do ponto de vista jurídico, já que o presidente da Corte Suprema da Argentina, Horacio Rosatti, disse que eliminar o peso é inconstitucional. Os economistas afirmam que, entre os pontos positivos para a dolarização da economia, estão: controle da inflação, dos preços e das flutuações do câmbio; e incentivo ao investimento estrangeiro, com mais facilidade para o comércio exterior. Entre as desvantagens estão: não ter o controle monetário para poder estimular a economia, ficar dependente da política econômica dos Estados Unidos e dificuldades para controlar choques externos.