Como é o avião de R$ 330 milhões que Leila Pereira comprou para transportar o Palmeiras
Aeronave tem capacidade para voar toda a América do Sul sem fazer escalas
Luiz Fara Monteiro|Do R7
A matrícula PS-LMP não é à toa. São as iniciais de Leila Mejdalani Pereira. Leila é dona da Crefisa e presidente do Palmeiras, que será o maior usuário do avião que foi entregue nesta terça-feira (27).
Um dos principais clubes nas disputas por sucessivas edições da Copa Libertadores, a equipe não terá problema para se deslocar a partir de São Paulo — sem escalas — por toda a América do Sul: o E190-E2 tem alcance de 5.278 km, ou 2.850 milhas náuticas.
Para se ter uma ideia da eficiência da família E2, da Embraer, esse tipo de aeronave é utilizado por companhias em todo o mundo, como KLM (Holanda), Helvetic Airlines (Suíça), Azul (Brasil), Air Peace (Nigéria) e Porter Airlines (Canadá).
A decoração e a adesivagem da aeronave foram feitas em Portugal. O avião, entretanto, não tem o símbolo nem as cores do Palmeiras.
A maioria das companhias aéreas explora a capacidade máxima do E2, com 114 assentos. Mas, a pedido de Leila, o modelo a ser utilizado pelo Palmeiras terá apenas 98 poltronas, o que oferecerá mais espaço e conforto aos atletas e à comissão técnica.
O valor de uma aeronave como o E2 está na faixa de R$ 330 milhões. A aeronave — a mais silenciosa e mais eficiente em consumo de combustível disponível no setor — foi registrada pela Placar Linhas Aéreas, que tem Leila e o marido José Roberto Lamacchia como proprietários.
Para fazer dinheiro, Leila não descartou a possibilidade de fretamento, iniciativa muito comum adotada por proprietários de jatinhos. Os valores recebidos nos aluguéis ajudam o dono a pagar itens como financiamento, salário da tripulação, combustível, taxas aeroportuárias, serviço de catering (refeições servidas a bordo), entre outros.
O Palmeiras também vai pagar pelos voos, com vantagem de descontos generosos em relação aos valores cobrados por empresas que trabalham com fretamento de aeronaves.
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