Nesta terça-feira (27), o acidente com o bondinho de Santa Teresa, bairro da região central da cidade do Rio, que matou seis pessoas e deixou 48 feridos completa dois anos.
Segundo a perícia, o acidente aconteceu após falha no sistema de freios da composição. O bonde descarrilou, tombou em uma curva e bateu em um poste. A circulação dos bondes no bairro está suspensa desde então.
O Ministério Público denunciou à Justiça cinco funcionários da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística, que administra os bondes, por homicídio e lesão corporal. O julgamento será no fim de setembro.
A Amast (Asssociação de Moradores e Amigos de Santa Teresa) informou que realizará ato, nesta terça, pelo retorno dos bondes a Santa Teresa. O protesto tem como destino a casa do governador Sérgio Cabral. Os moradores querem que os bondes históricos que, segundo a assossiação, estão largados e esquecidos nas oficinas do Sistema de Bondes de Santa Teresa, sejam restaurados e voltem a circular. Eles esperam ser recebidos pelo governador.
Havia mais de cem anos, o bondinho de Santa Teresa executava seu percurso pelo tradicional bairro boêmio do Rio de Janeiro. Ele servia também de meio de transporte diário para os moradores da região. O trajeto para quem saía do centro da cidade começava nas proximidades do Largo da Carioca, na rua Lélio Gama, do lado do prédio da Petrobras, onde fica a pequena estação dos bondes. O percurso seguia sobre os Arcos da Lapa e subia as ruas do bairro, passando pelos casarões históricos de Santa Teresa, até a estação terminal no bairro de Cosme Velho.
Assista à reportagem: