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Após cruzarem os braços e mandarem prefeito "varrer a cidade", garis conseguem aumento salarial no Rio

Categoria conseguiu reajuste de 9% em reunião com a Comlurb, nesta segunda-feira

Rio de Janeiro|Do R7

Região da Lapa foi tomada por montes de lixo nas ruas
Região da Lapa foi tomada por montes de lixo nas ruas Região da Lapa foi tomada por montes de lixo nas ruas

O Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro e a Comlurb fecharam, na tarde desta segunda-feira (3), acordo que garante 9% de aumento salarial para os cerca de 15 mil garis da cidade. Aproximadamente 3.500 profissionais estavam em greve havia três dias.

Na reunião, ficou acordado que, a partir de abril, um gari em início de carreira terá como piso salarial R$ 874,79 mais 40% de adicional de insalubridade, totalizando um vencimento de R$ 1.224,70. Além do aumento salarial, o acordo garantiu mais 1,68% dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com progressão horizontal.

Outras mudanças foram anunciadas: os garis passarão a ter bônus de 100% na hora extra nos domingos e feriados, mantendo o direito à folga; plano odontológico; ampliação do prêmio do seguro de vida — de R$ 6 mil para R$ 10 mil; aumento do vale-alimentação de R$ 12 para R$ 16; auxílio-creche para ambos os sexos e um acordo de resultados possibilitando um 14º e 15º salário.

Mais cedo, cerca de 300 garis se reuniram próximo à Central do Brasil, no centro do Rio, para protestar contra os baixos salários da categoria no município. Os manifestantes atacaram diretamente Eduardo Paes com gritos de “o prefeito vai varrer sozinho”, em referência à grande quantidade de lixo despejada nas ruas durante o Carnaval.

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Alguns bairros da capital fluminense ficaram tomados de lixo, sobretudo, os locais por onde passaram os blocos no domingo (2) e o Sambódromo. A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) conta com cerca de 15 mil garis.

Na Lapa, bairro boêmio da cidade, resíduos sólidos aglomeravam-se pelas calçadas, meios-fios e canteiros. O mau cheiro incomodava as pessoas que passavam pelas ruas. Durante a manhã, um grupo de garis da Comlurb, sem o uniforme, fazia a limpeza nos Arcos da Lapa. 

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Balanço de Domingo

Em nota, a Comlurb admitiu que alguns pontos da cidade sofreram interferência por conta da greve e, apesar de um reforço no esquema de limpeza, houve problemas nos primeiros dias de Carnaval.

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Segundo a empresa, no domingo (2), foram recolhidas quase 85 toneladas de resíduos dos principais locais da cidade que tiveram programação de carnaval. Nos desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí, foram retiradas mais de 33 toneladas de lixo.

Depois da passagem dos principais blocos em diversos pontos do Rio, a limpeza no domingo somou mais de 51 toneladas.

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