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Após deixar caso, delegado aponta suspeita de Amarildo e mulher com tráfico; titular discorda

Para Orlando Zacone, o material não comprova suspeita contra Amarildo e sua mulher

Rio de Janeiro|Do R7

Amarildo está desaparecido desde 14 de julho na Rocinha
Amarildo está desaparecido desde 14 de julho na Rocinha

Investigação do delegado Ruchester Marreiros aponta envolvimento do pedreiro Amarildo Dias, desaparecido desde 14 de julho após abordagem policial na Rocinha, e da mulher dele com o tráfico de drogas da comunidade. A acusação acontece após Marreiros, que era delegado adjunto da 15ª DP (Gávea), ser transferido para a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. Segundo Marreiros, sua convição apoia-se em depoimentos de policiais e moradores. Entretanto, o delegado titular da 15ª DP, Orlando Zaccone, afirma que o material colhido durante as investigações não garante o indiciamento da mulher e de Amarildo ou comprovam o envolvimento deles com o tráfico.

Segundo Marreiros, que participou das investigações da Operação Paz Armada que prendeu traficantes na Rocinha, Elizabete Gomes da Silva seria suspeita de associação com o tráfico, ao dar cobertura a ações de traficantes, enquanto Amarildo é suspeito de tráfico e associação ao tráfico. Marreiros diz que Amarildo era conhecido como Boi e receberia ordens de traficante na Rocinha.

Em relatório produzido após a transferência do delegado, Marreiros pedia a prisão da mulher de Amarildo. Ao R7, ele disse que não pediu a prisão de Amarildo por ele estar morto - a polícia faz buscas pelo corpo do pedreiro na Rocinha. Por considerar que há falta de provas, O delegado titular não deu prosseguimento ao pedido de prisão da mulher de Amarildo.

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que segundo Orlando Zaccone, o documento feito por Ruchester Marreiros foi usado "apenas como peça de informação do inquérito, uma vez que Ruchester, quando o assinou, não estava mais lotado na delegacia e, portanto, não era a autoridade com atribuição para fazê-lo".


O relatório final da investigação foi produzido por Orlando Zaconne, que o encaminhou na quarta (7) ao Ministério Público. Zacone diz que não havia elementos que comprovassem que a "Bete" citada no relatório de Marreiros fosse esposa de Amarildo. O delegado afirmou ainda que não há dois relatórios sobre o caso, apenas o documento assinado por ele.

O R7 tentou contato com a família de Amarildo, mas não conseguiu retorno até a publicação da reportagem.

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