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Após pedir demissão, chefe da Polícia Civil diz que crise no RJ atrapalha investigações e operações 

Fernando Veloso disse que pensava em deixar polícia desde o fim de semana

Rio de Janeiro|Do R7, com Balanço Geral RJ

Fernando Veloso assumiu em 2013, no lugar de Marta Rocha
Fernando Veloso assumiu em 2013, no lugar de Marta Rocha

O ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, em entrevista ao Balanço Geral RJ, disse que a falta de recursos destinados à Polícia Civil atrapalha operações e investigações, além de causar insegurança aos policiais.

Veloso pediu demissão do cargo nesta terça-feira (11). Nesta semana, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame também pediu exoneração, após dez anos no cargo.

— Foi uma decisão de sair planejada. Eu já havia conversado com Beltrame. Haviam planos para que eu saísse no final do ano passado. Mas o governador pediu que eu ficasse até as Olimpíadas.

Falta de recursos


— A polícia é responsável por uma imensidão de serviços. A cada ano, passam 3 milhões de pessoas pelas delegacias do Rio de Janeiro. Essa máquina que serve a sociedade precisa ser alimentada. São cerca de 200 unidades, incluindo delegacias, que precisam de insumos de diversas naturezas. Na medida em que eles são escassos, a gente precisa remanejar os recursos.

“Não acredito em colapso”


— Colapso é quando a gente perde o controle da situação. Colapso é quando a gente não escolhe mais qual problema a gente vai enfrentar. A gente não entrou em colapso. Na medida em que os recursos vão ficando mais escassos, a gente vai tendo que tomar decisões mais duras, mais enérgicas. Com o agravamento da falta de recursos, essa atividade fica perto de se tornar inviável. Como gestores, precisamos selecionar os serviços ou as missões. Tivemos que contingenciar combustível, papel para impressão. Esses recursos são necessários para garantir o trabalho da polícia. A aeronave, por exemplo, garante a segurança do policial.

UPPs


— Quando o Estado domina militarmente um território, com as UPPs, a gente acredita que o problema foi resolvido, mas não é assim. É preciso haver um trabalho de inteligência constante e isso demanda investimento. A gente está falando de investigação. A gente precisa do social, mas ainda quanto ao trabalho do policial, esse trabalho não termina ali.

Assista à entrevista:

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