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Associação da Rocinha faz reunião sobre abuso de autoridade

Apenas na segunda (25), foram recebidas 18 denuncias de arrombamentos

Rio de Janeiro|Agência Brasil

Moradores denunciam excessos por parte dos agentes de segurança
Moradores denunciam excessos por parte dos agentes de segurança Moradores denunciam excessos por parte dos agentes de segurança

As ações policiais de busca pelo líder do crime na Rocinha, o traficante Rogério 157, têm incomodado moradores, que denunciam excessos durante as revistas, entrada nas casas sem mandado e até arrombamentos de portas.

A comunidade está ocupada por forças de segurança federais e estaduais desde a última sexta-feira (22), após acirramento do confronto entre traficantes pelo controle da favela.

Para tratar do assunto, a União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha convocou para a tarde desta terça-feira (26) uma reunião na quadra esportiva da localidade conhecida como Roupa Suja.

O ofício convocatório foi entregue no começo da noite desta segunda-feira (25) ao titular da Delegacia da Rocinha (11ª DP), que abrange a Rocinha, delegado Antônio Ricardo. Segundo um representante da associação, a entidade recebeu apenas nesta segunda denúncias de que 18 casas de moradores foram arrombadas pelas forças de segurança.

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Moradores reclamam de abordagens das Forças Armadas na Rocinha

O ouvidor da Defensoria Pública do Estado, Pedro Strozenberg, esteve na Rocinha para ouvir moradores.

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— As notícias que chegam são sempre alarmantes, relatando certa agressividade das forças policiais nas revistas. O que se nota é uma insegurança, por parte dos moradores, de como serão os próximos dias, qual a estratégia da polícia e quanto tempo as Forças Armadas vão ficar — relatou Strozenberg.

Segundo ele, denúncias podem ser feitas de forma anônima ao telefone 129, da Defensoria Pública, ou pelo e-mail ouvidoria.dpge@gmail.com.

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Desacato

Um exemplo da relação tensa entre a polícia e moradores foi a detenção de um jovem de 19 anos, no meio da tarde, acusado de ter desacatado um policial militar. A mãe do jovem disse que o filho apenas ficou nervoso com a abordagem, o que bastou para o policial levá-lo à força para a 11ª DP.

— Vocês vieram para ajudar a gente, ou para nos destruir? Basta de esculacho [desrespeito] — protestou a mãe, em frente da delegacia. No início da noite, após ser ouvido, o jovem foi liberado.

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