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Caso Jandira: promotoria denuncia dez pessoas por morte em aborto

Caso sejam condenados, denunciados podem ficar presos por 48 anos

Rio de Janeiro|Do R7

Jandira morreu após procurar uma clínica de aborto na zona oeste
Jandira morreu após procurar uma clínica de aborto na zona oeste Jandira morreu após procurar uma clínica de aborto na zona oeste

O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou nesta terça-feira (18) dez pessoas envolvidas na morte de Jandira Magdalena, após procurar uma clínica de aborto em Campo Grande, zona oeste, no dia 26 de agosto. O corpo da mulher foi encontrado carbonizado, sem os dentes e sem impressões digitais para dificultar a identificação.

N a denúncia, o promotor Bruno de Lima Stibich, da 27ª Promotoria de Investigação Penal, pede a condenação dos acusados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, fraude processual, destruição e ocultação de cadáver, formação de quadrilha e aborto.

Os denunciados são: Carlos Augusto Graça de Oliveira, Rosemere Aparecida Ferreira, Keilla Leal da Silva, Vanuza Vais Baldacine, Carlos Antônio de Oliveira Júnior, Mônica Gomes Teixeira, Marcelo Eduardo de Medeiros, Agda Pereira Iório, Jorge dos Santos Pires e Luciano Luís Gouvêa Pacheco. Caso sejam condenados, os denunciados poderão pegar pena de reclusão de até 48 anos.

Inquérito concluído

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A Polícia Civil concluiu inquérito sobre a morte de Jandira Magdalena dos Santos. Ao todo 14 pessoas foram indiciadas — dez delas, segundo a polícia, integravam quadrilha que praticava abortos — e oito estão presas.

O ex-marido de Jandira, que levou a jovem até o ponto de encontro da quadrilha, e uma amiga da vítima, que teria indicado a clínica clandestina, foram indiciados por auxiliá-la na prática de aborto. Segundo o delegado responsável pelo caso, Hilton Alonso, a lei prevê a criminalização de partícipe, ou seja, de quem auxiliou a vítima na prática de aborto.

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Outras duas mulheres, que fizeram abortos na mesma clínica clandestina, também foram indiciadas pela prática. O ex-marido, a amiga e as duas mulheres responderão em liberdade.

Luciano Luis Gouvêa Pacheco, de 39 anos, conhecido como Shrek, seria o responsável pela segurança da quadrilha. Segundo a polícia, foi ele quem coordenou o plano para ocultar o corpo de Jandira. De acordo com a polícia, ele seria chefe de uma milícia. 

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Shrek foi o último integrante da quadrilha a ser preso, na semana passada. Ele e mais sete envolvidos já tiveram a prisão preventiva decretada. A enfermeira Keilla Leal da Silva ainda está foragida. 

De acordo com a polícia, Jandira passou mal depois do aborto. O falso médico responsável pelo procedimento, que estudou cinco anos de medicina e usava número falso do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), teria tentado ressuscitar a jovem, mas não conseguiu. 

Os dez suspeitos de integrar a quadrilha de abortos responderão por homicídio doloso qualificado, porque assumiram o risco de matar, formação de quadrilha, ocultação de cadáver e fraude processual. Somadas, as penas podem chegar a 52 anos de prisão. 

Veja o vídeo:

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