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Caso Micaela: “Revolta é só o que sinto”, diz mãe de menina morta pela madrasta e pelo pai no Rio

Marcele Almeida diz que ex não a deixava ver Micaela nos últimos dias

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

Micaela foi encontrada morta pelo filho de Joelma
Micaela foi encontrada morta pelo filho de Joelma Micaela foi encontrada morta pelo filho de Joelma

Marcele Almeida, mãe da menina Micaela, de 4 anos, que teria sido morta pela madrasta e pelo pai, se diz revoltada com o crime. Segundo ela, nos últimos dias, o ex-companheiro, Felipe Ramos da Silva, de 29 anos, não a deixava ver a filha.

— Revolta. Só isso que sinto. Uma morte brutal. Eu pedi a ele, uns dias antes, pra ver ela, ele não deixou.

Marcele e a filha não moravam juntas havia dois anos. Segundo ela, mesmo com a separação, a relação com o pai da menina era bom.

— Não consigo acreditar até agora que isso aconteceu com minha filha. Não consigo acreditar, não consigo. A última pessoa que eu esperava era ele, de deixar uma coisa dessas acontecer. Ele foi omisso, ele não chegou ao ponto de tocar, mas ele viu, ele sabia que ela apanhava, ele não falou nada. Ele não fez nada.

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De acordo com o laudo inicial da perícia, Micaela sofria agressões constantes. Alguns vizinhos também relatam que a menina aparecia com hematomas no corpo, sem explicação. Joelma Souza da Silva, de 43 anos, madrasta da menina, é suspeita de matá-la. O pai também foi indiciado pelo crime. Segundo Robson, vizinho da família, Joelma sempre inventava uma desculpa para os machucados ao ser alertada.

— Só vivia machucada. Eu avisei. Com certeza o pai dela via isso, mas não devia dar a mínima. Ela só vivia roxo, com olho inchado, e ela sempre falava que a menina tava brincando ou caía da cadeira.

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A menina nunca confirmou as agressões. Wando, junto com a esposa, também era vizinho da família e às vezes cuidava de Micaela enquanto o pai ou a madrasta estavam fora de casa.

— Ela ficava com receio de falar alguma coisa, entendeu? Falava que caiu no banheiro ou na escada.

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O corpo de Micaela foi levado para o IML, onde passou por uma autópsia. Somente exames complementares poderão confirmar a causa da morte. A perícia inicial aponta que, além de estrangulamento, a criança foi atingida com pauladas. O delegado André Leiras, da Divisão de Homicídios da Capital, afirma que há elementos para prendê-los.

— Os elementos informativos que nós temos nesse momento já é o suficiente para termos a prisão deles decretada por homicídio qualificado e fraude processual.

Joelma tem passagem na polícia por lesão corporal. Leiras afirma que ela nega.

— Ela nega a todo momento a prática do crime. Quando é inquirida sobre o fato, ela não tem resposta, só dá respostas vazias. Ela não sustenta argumentações.

Em depoimento, o pai da menina afirmou que a companheira foi responsável pelo crime. Mas ele também será indiciado. A fraude processual aconteceu porque eles tentaram disfarçar a cena do crime para confundir os investigadores.

— Eles limparam a cena do crime, eles limparam, foi tudo lavado. Roupas de cama foram jogadas fora.

O filho de Joelma, de 25 anos, foi responsável por denunciar o crime à polícia. Até a manhã desta quarta-feira (20), o corpo da criança permanecia no IML (Instituto Médico Legal).

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