Com denúncias de preços abusivos, Rio Surreal tem mais de 100 mil seguidores em menos de uma semana

Em apenas cinco dias, a página do Facebook Rio $urreal – Não Pague já ganhou mais de 105 mil adeptos interessados em compartilhar denúncias de preços abusivos na cidade. Os participantes propõem o boicote a produtos e serviços que custam muito acima do usual. O movimento já conseguiu influenciar outras capitais como São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Recife.

Flávio Soares, que é um dos organizadores do perfil, contou que, ao lado de Daniela Nameeles e Andréa Cals, teve a inspiração para criar a página após ler uma nota em um jornal que alertava para que os cidadãos parassem de consumir em situações exorbitantes. 

— Manifestamos algo que todo mundo pensa. Está tudo muito caro.

De acordo com Soares, a intenção é estimular o consumo consciente buscando que os preços se tornem mais justos. Ele explica que o grupo não faz uma crítica aos produtos de luxo. São reclamações a respeito de alimentos, bebidas, entre outros que estão acima do custo.

— Picolé na praia a R$ 20 não dá. São pratos normais que estão caros.

A iniciativa já parece ter conquistado resultados. Ele contou que após denúncias do perfil, alguns seguidores disseram que o coco, que custava R$ 6 na praia de Copacabana, já teria sido reduzido para R$ 4. Soares contou que tem dado apoio a internautas que buscam denunciar situações semelhantes em outros Estados. 

— Estamos em contato com eles dando algumas dicas do que funciona ou não.

Soares contou também que, no começo, o grupo encontrou algumas dificuldades com a repercussão que tomou a página, mas que conseguiu achar boas saídas. Logo, o Rio $urreal está passando para os outros perfis meios de fazer a divulgação e a organização do conteúdo de forma mais prática.

A página Rio $urreal deve receber em breve mais colaboradores, já que o trabalho aumentou e que receberam mais de mil mensagens. O grupo tenta ler todas as mensagens para fazer uma filtragem e postar no perfil.

— A gente não suspeitava que tivéssemos esse alcance. A gente esperava atingir nossos amigos e os amigos deles, mas não essa proporção.

Larissa Kurka, do R7