Complexo da Maré, no Rio, é ocupado sem nenhum tiro
Na comunidade, vivem 130 mil pessoas; buscas por armas e drogas devem durar vários dias
Rio de Janeiro|Do R7
Cerca de 1.200 policiais, com o apoio da Marinha, ocuparam neste domingo (30) o Complexo da Maré, um grupo de 15 favelas considerado o mais perigoso do Rio de Janeiro, sem efetuar nenhum disparo até o momento. A operação, começou às 5h da manhã com a entrada de 21 blindados da Marinha à frente das tropas e foi encerrada às 7h. Os policiais ocuparam paulatinamente a comunidade, onde vivem cerca de 130 mil pessoas, em pouco mais de duas horas, mas a busca por armas e drogas ainda deve durar vários dias.
A ocupação da Maré foi preparada nas últimas semanas com a presença constante de policiais nos acessos do Complexo e com operações em outras favelas de Rio. Nos últimos oito dias foram detidas 57 pessoas nestas operações, embora hoje, durante a ocupação, a polícia não tenha encontrado resistência.
O governo do Rio de Janeiro solicitou ajuda ao governo federal para ocupar o Complexo depois de nas últimas semanas ter acontecido uma onda de ataques a policiais, que a polícia acredita ter sido ordenada pelos líderes do tráfico de drogas que se entrincheiraram no bairro.
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A presidente Dilma Rousseff assinou na sexta-feira (28) um decreto dando poderes de polícia ao exército, que será enviado ao Rio nos próximos dias para colaborar no controle da Maré. O decreto prevê que o exército permaneça até dia 31 de julho, duas semanas depois da final da Copa do Mundo, mas deixa aberta a possibilidade de estender a operação mais tempo.
O Complexo da Maré é considerado o principal centro de distribuição de drogas do Rio de Janeiro por sua localização estratégica, entre a baía de Guanabara e as duas principais estradas de acesso ao Rio, a avenida Brasil e a Linha Vermelha.
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