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Contra salários atrasados, alunos e professores da Universidade Gama Filho protestam na Candelária nesta terça

Ato exigirá troca de mantença da instituição, que vive mais uma greve

Rio de Janeiro|Do R7

Professores e alunos da Universidade Gama Filho planejam uma manifestação para as 17h desta terça-feira (7), na Candelária, centro do Rio de Janeiro. O protesto é contra a mantenedora Galileo, que não paga salários há cerca de três meses a todos os funcionários da instituição, que vive a terceira greve em um período de menos de um ano. Ao menos 2.000 pessoas confirmaram presença em uma página do Facebook.

Os manifestantes exigem a troca da mantença da universidade e pedem atitude definitiva do MEC (Ministério da Educação). Segundo a associação de professores da UGF, o campus de Piedade, unidade matriz, sofre com assaltos recorrentes, inclusive nos corredores e estacionamentos. Sem funcionários, que entraram mais uma vez em greve no fim de novembro, os prédios parecem abandonados, têm lixo acumulado.

Alunos reclamam também do cheiro exalado dos banheiros. No início de dezembro, o MEC voltou a suspender o vestibular da universidade e ameaçou tirar a autonomia da instituição. Segundo professores, seria o primeiro passo para o descredenciamento ou intervenção. O ministro Aloizio Mercadante, porém, não se mostrou favorável à intervenção, o que aumentou a revolta dos estudantes.

Na segunda-feira (6), o MEC informou que o grupo Galileo apresentou defesa sobre a suspensão do vestibular e ameaça da perda de autonomia. O documento será analisado.


Embora demonstrem grande insatisfação com a UGF, os manifestantes deixam claro, através de mensagens em blogs e redes sociais, que não aceitarão o descredenciamento da universidade. A luta é pela “sobrevivência institucional e manutenção dos postos de trabalho”.

A luta dos cerca de 9.000 estudantes e quase 1 mil professores é também para que o MEC aceite o pedido de retomada de mantença por parte da família Gama Filho, dona do campus, e que deixou a instituição em 2011. Para voltar à UGF e reequilibrar as finanças, foram conseguidos dois investidores, um do Brasil e um internacional.

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