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Crise na saúde: falta de equipamentos no Pedro Ernesto impede transplante de rim

Luciana da Silva já tem doador, mas aparelhos para exames estão quebrados desde dezembro

Rio de Janeiro|Do R7

Luciana precisa de transplante de rim, mas hospital não faz exame
Luciana precisa de transplante de rim, mas hospital não faz exame Luciana precisa de transplante de rim, mas hospital não faz exame

A cabeleireira Luciana da Silva não consegue dar andamento ao processo de transplante de rim por falta de equipamentos necessários para a realização de exames no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Segundo a jovem, o primeiro exame estava marcado para o dia 22 de dezembro, e mesmo tendo sido remarcado para o dia 26 de janeiro, ela não conseguiu fazê-lo. 

— Não consigo andar, respirar direito. [Sinto] muito cansaço, porque tenho que trabalhar o dia inteiro em pé.

Um dos rins de Luciana já não funciona mais, e o outro filtra apenas 10% do sangue de todo o corpo. O irmão da cabeleireira será o doador do órgão, mas a falta de exames preocupa. Apesar das péssimas condições, ela afirma que os médicos auxiliam como podem.

— O médico dá toda a atenção, mas os exames não dá para fazer, porquea máquina não tem previsão [de chegar à unidade]. Tem que ficar ligando e indo no Pedro Ernesto para resolver. Os médicos estão ajudando, mas tem que ter recurso pra eles trabalharem.

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Assista ao vídeo:

Abaixo-assinado

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Servidores do Hospital Universitário Pedro Ernesto organizaram um abaixo-assinado na internet para reivindicarem melhorias na unidade de saúde, que passa pela maior crise econômica desde a sua criação, há 60 anos. O documento "Não deixe o Pedro Ernesto morrer" já tem mais de 21 mil assinaturas. O idealizador do abaixo-assinado, o médico Henrique Aquino, afirma que o hospital está abandonado.

— É um absurdo você ver uma instituição desse gabarito, que sempre prestou serviços de qualidade para a população do Rio de Janeiro, completamente desassistida, com o risco de fechar as portas. Isso é inadmissível. Isso me mobilizou a chegar à população, pacientes, alunos e funcionários.

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Os terceirizados que fazem a limpeza e segurança estão com salários atrasados, mas mesmo assim se revezam para que a unidade continue funcionando. Residentes de enfermagem, psicologia e nutrição não recebem e pararam de trabalhar no dia 21. Apenas a residência medica continua trabalhando. A lavanderia também não funciona. O governador Pezão estuda uma forma de cessar a crise.

— Quero fazer uma parceria pra ajudar Pedro Ernesto a sair dessa crise.

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