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Crise no RJ: governo promete pagar nesta quinta-feira 30% do salário da polícia

Folha de pagamento dos servidores só deve ser quitada em 17/10, prevê Executivo

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

O governo do Rio de Janeiro, que neste mês vai pagar o salário referente a setembro dos servidores da Secretaria de Segurança de forma parcelada, prometeu depositar os 30% ainda não pagos à categoria (policiais, bombeiros e agentes penitenciários) nesta quinta-feira (13). O Executivo fluminense, que desde o final do ano passado enfrenta uma grave crise financeira com frequentes atrasos de salários, também havia prometido pagar nesta quinta 100% dos inativos da área de segurança.

Entretanto, os demais servidores — com exceção dos profissionais da Educação, única categoria a receber o salário no terceiro dia útil deste mês — ainda não tiveram os salários pagos. A Secretaria Estadual de Fazenda disse que a folha de pagamento só será quitada integralmente no dia 17.

Os oficiais de Justiça que vêm cumprindo ordens de bloquear valores das contas do governo do Estado do Rio para pagar os servidores encontraram apenas R$ 30 milhões na última terça-feira (11).

Na última segunda-feira (10), o governo informou à Justiça que faltavam R$ 1,3 bilhão para concluir o pagamento dos servidores. De acordo com a Fasp RJ (Federação das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro), esses R$ 30 milhões, somados a outras apreensões desta semana, reduziram o valor necessário para pagar os servidores a cerca de R$ 1 bilhão.


Mesmo com os oficiais de Justiça buscando dinheiro nas contas do Estado, o governo do Rio manteve seu calendário e diz que até o dia 17 de outubro "será feito o pagamento do restante da folha salarial do funcionalismo estadual, de acordo com o fluxo de caixa".

Saída de Beltrame e crise na segurança


Além de afetar o salário dos servidores, a crise financeira também atinge áreas fundamentais do Estado fluminense, como a saúde, a educação e a segurança. No dia seguinte aos confrontos na comunidade Pavão-Pavãozinho, que assustaram Ipanema e Copacabana, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pediu exoneração após dez anos no cargo.

A falta de recursos é apontada por especialistas como a causa do aumento dos índices de violência. O crescimento da criminalidade forçou Beltrame a pedir demissão. Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil, também pediu demissão, reclamando de pouco dinheiro.


— É uma situação crítica porque essa capacidade de postergar determinada questão aqui para priorizar outra determinada aqui, que é prioridade, ela funciona por um tempo, mas vc não consegue manter isso razoavelmente por um período muito longo.

Segundo Veloso, com o aprofundamento da crise, a verba para a Polícia Civil este ano foi 65% menor do que o previsto. Com pouco dinheiro, a opção foi adotar uma política de racionamento de combustível para as viaturas, comprar menos munição e reduzir o treinamento dos policiais.

Os contratos de manutenção dos três helicópteros da Polícia Civil ainda não foram renovados. Com isso, as aeronaves não estão operando.

— Não há como fazer polícia sem recursos, não tem polícia sem recurso.

Assista: Sem dinheiro, polícia corta munição e combustível no RJ

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