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“É um dia difícil, mas necessário”, diz secretário de Segurança do Rio

Roberto Sá destacou “corte na carne” das polícias. Comandante-geral da PM fala em “traição”

Rio de Janeiro|Do R7

Operação Calabar mira para 96 policiais militares, 70 traficantes e outros criminosos suspeitos de integrarem um esquema de corrupção em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Operação Calabar mira para 96 policiais militares, 70 traficantes e outros criminosos suspeitos de integrarem um esquema de corrupção em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro

O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou nesta quinta-feira (29) que a Operação Calabar, que cumpre mandados de prisão contra policiais e traficantes e já colocou 63 PMs e 22 traficantes atrás das grades hoje, é “necessária”.

Em entrevista coletiva rodeado das autoridades da área de segurança do Estado, Sá afirmou que houve uma “ação integrada entre a Polícia Civil, Política Militar e Gaeco para cumprir mandados de prisão, alguns contra policiais”.

— Quero deixar registrado que é um dia difícil, mas necessário. Nenhuma das instituições à mesa aceitam desvios de conduta. Desconheço instituições que cortem tanto na carne quanto as polícias. Vamos continuar trabalhando integrados.

O comandante-geral da PM-RJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro), coronel Wolney Dias disse que “a PM não compactua com qualquer tipo de desvio de conduta”. Logo em seguida, classificou de “traição” a postura de agentes de segurança da PM que negociavam e ganhavam propina de traficantes.


— Entendo que o policial que trai o seu dever de ofício, trai a sociedade que jurou defender.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que iniciou o dia "incomodada pela operação que está em curso" (leia a nota completa abaixo).


O chefe de Polícia Civil, delegado Carlos Leba, destacou que “o sucesso da operação só foi possível graças ao apoio da PM”.

Sérgio Lopes, do Ministério Público do Rio de Janeiro, também exaltou a integração das forças de segurança para o sucesso da operação.


— O trabalho da Delegacia de Homicídios e da PM foi primordial. A corrupção é da pessoa e não da instituição e nós temos que combater com todas as forças.

Estratégia da operação

O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Fábio Barucke, explicou que houve uma união de esforços para chegar ao resultado.

De acordo com o delegado, foram apreendidos celulares, dos quais foram extraídos números utilizados por “maus policiais” nas palavras dele.

— Os telefonemas tinham como finalidade angariar parte dos recursos que eram levantados pelos traficantes. Os policiais recebiam um pagamento semanal, que por mês chegavam a R$ 1 milhão. Em troca, os policiais permitiam o tráfico de drogas livremente nas comunidades.

Leia a nota oficial da PM do Rio, publicada no Facebook da instituição:

"Policiais militares, todos nós iniciamos o dia de hoje incomodados pela operação que está em curso. Sentimos na própria pele toda vez que policiais militares são acusados de crimes graves. Mas não podemos deixar de ressaltar que se trata de uma operação necessária para nos fortalecer. A operação de hoje, ao contrário do que alguns querem construir, teve participação constante da Corregedoria Interna da PM, o que mostra que não foram órgãos externos que protagonizaram essa ação. Desafiamos outro órgão correcional de qualquer segmento profissional a mostrar resultados tão contundentes quanto a Corregedoria da PM na apuração de desvios e exclusão de seus agentes. #PMERJ #ServireProteger #PosicionamentoPM"

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