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Enterro de médico morto na Lagoa será nesta quinta; polícia busca suspeitos

Jaime Gold, de 57 anos, foi esfaqueado enquanto pedalava pelo local 

Rio de Janeiro|Do R7

O velório e o sepultamento do médico Jaime Gold, de 57 anos, ocorre nesta quinta-feira (21) no Cemitério Israelita do Caju, na zona norte do Rio.

Gold foi esfaqueado enquanto pedalava na Lagoa Rodrigo de Freitas na noite de terça-feira (19). Ele foi encontrado próximo à curva do Calombo por pedestres que ajudaram no socorro e chamaram os bombeiros. O médico teria sido abordado por dois menores armados com facas e foi ferido mesmo sem reagir.

Gold levou três facadas no abdômen. Bicicleta e documentos foram levados pelos suspeitos. A vítima foi encaminhada ao hospital, onde passou por uma cirurgia durante a madrugada e passava bem.

O caso foi registrado na delegacia da Gávea (15ª DP), que busca imagens de câmeras de prédios da região para tentar identificar os suspeitos do crime. Testemunhas também estão sendo procuradas para prestar depoimento.


No próximo domingo (24), uma passeata está programada para protestar contra a falta de segurança para os ciclistas e frequentadores da Lagoa Rodrigo de Freitas.

O secretário de segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, se pronunciou nesta quarta-feira (20) sobre o caso. Beltrame afirmou que é uma situação "inadmissível".


— Um lugar como a Lagoa não pode ser alvo desse tipo de atitude porque é um local que todos nós frequentamos e gostamos de ir, gostamos de frequentar. É um cartão postal, e não podemos admitir que ações dessa natureza aconteçam. 

Beltrame reconheceu, ainda, "dificuldades que os policiais têm de trabalhar" e garantiu que o novo comando do batalhão busca a proteção total da Lagoa Rodrigo de Freitas.


“Uma bicicleta e uma carteira por uma vida”

A filha de Gold lamentou em uma rede social a morte do pai. Estudante de psicologia, Clara Amil Gold, afirmou que “não consegue compreender o que um ser humano a tirar uma vida, ainda mais em uma circunstância como esta”. Veja o desabafo feito por Clara:

 “Pai, não há palavras para descrever o que estou sentindo. Ninguém merece sofrer o que você sofreu, tamanha violência. Mesmo estudando psicologia, não consigo compreender o que leva um ser humano a tirar uma vida, ainda mais em uma circunstância como esta. Uma bicicleta e uma carteira por uma vida. Aonde você estiver, que você encontre paz interna, que você buscava. Você foi um homem inteligente, um excelente médico. Parece que a ficha não caiu ainda, mas nós vamos sobreviver. Descansa em paz. Te amo”.

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