Estupro coletivo: delegada pede mais duas prisões e liberdade para jogador
Lucas Perdomo foi preso na segunda e transferido para Bangu nesta quinta (2)
Rio de Janeiro|Do R7
A delegada Cristiana Bento, titular da DCAV (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima), pediu nesta quinta-feira (2) à Justiça a revogação da prisão do jogador de futebol Lucas Perdomo dos Santos, de 20 anos. Ele está sendo investigado por participação no estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos na zona oeste do Rio. Segundo a delegada, não há razões para mantê-lo preso.
— Não vejo indícios para mantê-lo preso. Isso não quer dizer que ele seja inocente ou não tenha nenhuma participação no crime, mas se tornou desnecessário mantê-lo preso.
Cristiana também pediu a prisão de mais dois homens envolvidos no caso. Um deles é Moisés Camilo de Lucena, de 28 anos, suspeito de ser o homem que segurava a vítima quando ela despertou, durante a sequência de estupros. Ele já tem dez passagens pela polícia por crimes como tráfico, roubo e porte ilegal de arma. O outro envolvido é Jefinho, autor de gravar o vídeo em que a vítima aparece desacordada no celular de Raí de Souza, outro suspeito de participação do crime. A polícia ainda não sabe o nome completo de Jefinho, apenas as características físicas relatadas pelas testemunhas.
Perdomo está preso desde segunda-feira (30) e foi transferido para Bangu 10na tarde desta quinta. O advogado do jogador, Eduardo Antunes, entrou com pedido de liberdade no Fórum da Taquara e disse acreditar que ele pode estar solto até a sexta-feira (3).
Nesta quarta-feira (1º), Antunes levou à delegada uma amiga da vítima do estupro, a quem ela teria relatado que Lucas não participou do crime. A vítima, Lucas, Raí e uma segunda menina teriam ido a um imóvel conhecido como "abatedouro", no Morro da Barão, na zona oeste, após um baile funk.
Raí admitiu que teve relações sexuais — segundo ele, consentidas — com a vítima, enquanto Lucas fazia sexo com a outra jovem. Lucas afirma que foi embora em seguida, levando a outra menina, e não presenciou o estupro coletivo.
Raí continua preso em Bangu 10. Raphael Belo, que se apresentou à polícia na tarde de ontem, está na Cidade da Polícia à disposição da delegada que investiga o caso.