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Fechamento do BEP: PMs são levados para Niterói; agressores estão em Bangu e em hospital

Até a tarde desta sexta (2), ao menos 130 detidos já haviam sido transferidos

Rio de Janeiro|Do R7

Policiais começaram a ser transferidos para Niterói nesta sexta
Policiais começaram a ser transferidos para Niterói nesta sexta Policiais começaram a ser transferidos para Niterói nesta sexta

Mais da metade dos policiais presos no BEP (Batalhão Especial Prisional) em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro, já haviam sido transferidos na tarde desta sexta-feira (2) para a Penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói, região metropolitana. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, ao menos 130 detidos foram levados para a unide prisional pelo Batalhão de Choque.

Os quatros PMs envolvidos na agressão à juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza dentro do BEP, na última quinta-feira (1º), foram identificados como Aloizio Souza da Cunha (3° sargento); José Luiz da Cruz (3° sargento); Allan de Lima Monteiro (soldado) e Aldo Leonardo Ferrari (cabo). 

Os três primeiros foram encaminhados para a Penitenciária Laercio da Costa Pellegrino, Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste do Rio, onde estão presos cautelarmente. 

Já o cabo Aldo foi levado para o setor de psiquiatria do Hospital Central da Polícia Militar. Segundo o juiz Eduardo Oberg, titular da VEP (Vara de Execuções Penais) — que determinou o fechamento do presídio —, o cabo, que tem problemas mentais, deu início à confusão, quebrando móveis e incitando outros presos à agressão.

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— A juíza estava com quatro seguranças pessoais e outros cinco ou seis agentes penitenciários. Houve uma reação forte contrária à fiscalização das galerias. Nem todo mundo reagiu, mas tinham uns 50 homens na galeria. Outros presos, inclusive, ajudaram ela a sair rapidamente do local sem ferimentos.

A vigilância e a custódia do presídio em Niterói serão feitas pela Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) e não mais por policiais militares, como ocorria no BEP. No BEP, há milicianos entre os PMs detidos. O juiz Eduardo Oberg justificou as medidas do Judiciário fluminense.

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— Isso é uma afronta. Tem que haver ordem e disciplina. Nossa decisão foi no sentido de restaurar o Estado de Direito e impedir que os presos mandem no Estado. No Rio de Janeiro, isso não vai acontecer. 

Questionado sobre as mordomias encontradas na unidade prisional durante as vistorias, como engradados de refrigerante, televisões, celulares e até carnes para churrasco, o juiz disse que todas as irregularidades eram retiradas a cada fiscalização realizada pela VEP.

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Agressão à juíza 

A juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, foi agredida na tarde de ontem no BEP. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, a magistrada foi impedida pelos detentos de fazer a verificação das galerias. Durante a confusão, a juíza teve a blusa rasgada, perdeu um dos sapatos e também os óculos.

Daniela foi obrigada a deixar o local e retornou ao batalhão acompanhada de seguranças do TJ e do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

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