Fiocruz tem parte de andar isolado para atender paciente com suspeita de ebola; quadro dele é estável

Um africano que está com suspeita de ebola está internado isoladamente no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que faz parte da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), zona norte do Rio. Souleymane Bah, de 47 anos, está sendo cuidado por uma equipe de cinco pessoas em uma parte isolada e interditada do primeiro andar da unidade.

Segundo a assessoria da Fiocruz, o isolamento da área é semelhante ao isolamento feito para casos da gripe H1N1. A equipe conta com um médico infectologista, um enfermeiro, uma pessoa da equipe de limpeza e outras duas de apoio — que pode ser um técnico de enfermagem, limpeza, ou enfermeiro.

A unidade conta com dois leitos para o tratamento de possíveis casos de ebola. Em cada quarto, há um espaço reservado para a desinfecção da equipe.

De acordo com a Fiocruz, o estado de Souleymane é estável e não teve nenhuma alteração no quadro. Ele ainda apresentava febre de 36,6°C. O sangue dele foi coletado e enviado para análise em Belém, no Pará. O resultado do exame deve ser divulgado até o sábado. Outro exame deverá ser realizado após 48 horas para que o diagnóstico seja confirmado.

O paciente chegou ao Rio de Janeiro às 6h20 na manhã, em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que pousou na base aérea do Galeão, na zona norte do Rio. Uma hora depois ele foi encaminhado para a Fiocruz em uma ambulância isolada de acordo com o protocolo internacional de segurança para os casos de ebola.

Souleymane deu entrada na quinta-feira (9) em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade de Cascavel, no Paraná, com febre alta. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, o quadro geral dele era bom, sem apresentar vômitos e hemorragias. Desde então o homem foi mantido em isolamento total. Como o sintoma apareceu no fim do período de incubação, as pessoas que tiveram contato com o paciente antes disso não correm risco de serem contaminadas.