O Governo do Estado do Rio de Janeiro criou, nesta última quarta-feira (1º), uma Força-Tarefa formada por representantes das Secretarias de Transportes, da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Casa Civil, para coibir a atuação de grupos criminosos na malha ferroviária fluminense. Ao todo, 200 policiais militares atuam no reforço da segurança e haverá, ainda, patrulhamento aéreo com o uso de drones com infravermelho durante a noite.
O objetivo é evitar ações de vandalismo, como furtos de cabos e equipamentos nas estações da SuperVia, empresa responsável pela circulação de trens. A operação começou na noite de quarta (1º) e implementou policiamento ostensivo nas estações de trem e seus entornos.
Na quarta (1º) representantes da Secretaria de Transportes e técnicos da SuperVia realizaram uma vistoria no ramal Japeri. Com o levantamento, a Secretaria planeja a melhoria da infraestrutura ferroviária, como o reparo e a construção de muros e passarelas.
O efetivo triplicado da Polícia Militar vai patrulhar os 270 quilômetros da malha ferroviária do Estado, ruas do entorno, locais próximos a recicladoras e ferros-velhos para combater a compra e venda de materiais furtados.
Roubo de cabos
Nesta quinta-feira (2) os trens do ramal Japeri operaram, pelo quarto dia consecutivo, com irregularidade entre os intervalos de viagem. Em nota, a SuperVia informou que às 9h a circulação no ramal foi normalizada.
A empresa justifica a instabilidade devido à necessidade de aumento da distância entre os trens por medida de segurança, já que o controle das composições vendo sendo feito via rádio e não de forma automática, ou seja, os maquinistas aguardam ordem de circulação.
A SuperVia realizou viagens extras, partindo de estações estratégicas, para atender os clientes do ramal. Os usuários foram informados sobre a situação por meio dos canais de comunicação da concessionária.
Operação “Caminho de Cobre”
Há dois meses, foi deflagrada a operação “Caminho do Cobre” que mapeia todo o processo entre a compra e venda dos materiais roubados. Ao todo, a ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Cinco empresas de reciclagem foram interditadas, oito pessoas foram presas em flagrante e 20 conduzidas à Delegacia de Roubos e Furtos para esclarecimentos.
Os agentes também apreenderam toneladas de cabos de telefonia e de internet, trilhos de trem e outros materiais da SuperVia, baterias estacionárias, placas e R$ 200 mil em dinheiro.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Celso Fonseca