Governo do RJ rebate reivindicações de policiais civis e diz que agentes já tiveram 123% de aumento em 7 anos
Segundo a Secretaria de Planejamento, os inspetores saltaram de R$ 2.462 para R$ 6.119
Rio de Janeiro|Do R7
Um dia antes da paralisação dos policiais civis no Rio de Janeiro, programada para esta quarta-feira (21), a Seplag (Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão) rebateu as reivindicações da categoria e declarou que já concedeu 123,5% de aumento aos policiais civis, militares, bombeiros militares e inspetores da administração penitenciária durante os sete anos e meio da atual gestão.
De acordo com a Seplag, o aumento está acima da inflação. Em fevereiro deste ano, a secretaria informou que concedeu reajuste de 11,18% para os policiais civis, que seria o dobro da inflação nos últimos 12 meses e beneficiou mais de 133 mil pessoas.
Ainda segundo a nota da Seplag, o Estado reajustou a gratificação Delegacia Legal em 70%, de R$ 500 para R$ 850, triplicou a da Core (unidade de elite da Polícia Civil), de R$ 500 para R$ 1.500, e instituiu uma gratificação de capacitação de R$ 350 para os demais agentes de polícia. Os delegados de polícia teriam recebido aumento escalonado em 2010 de cerca de 70%, além de outros reajustes anteriores menores que somaram 23,8%, totalizando 110,5% de aumento.
Assim, a remuneração média de um inspetor de polícia passou de R$ 2.462 em 2007 para R$ 6.119 em 2014. Os oficiais de cartório passaram a receber R$ 6.887, enquanto antes ganhavam R$ 2.550. Já os delegados têm remuneração média de R$ 20.671, antes era de R$ 10.818.
Reivindicações
Segundo o presidente do Sinpol-Rio (Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro), Fernando Bandeira, a categoria pede reajustes salariais de 80% e a incorporação das gratificações, especialmente a de Delegacia Legal no valor de R$ 850. A paralisação seria uma forma de pressionar o governo sobre essas e outras reivindicações que já foram enviadas.
De acordo com o Sinpol, durante a paralisação de 24 horas, cerca de 40% do efetivo vai trabalhar em operação padrão, que consiste em priorizar autos de prisão em flagrante e casos de violência e grande ameaça. Em casos de furtos, extravio ou perda de documentos ou objetos, a categoria orienta que a população procure as delegacias após o fim da paralisação.