O jovem Igor Matheus Damasceno, de 21 anos, morreu no primeiro dia do ano à espera de um neurocirurgião no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele sofreu um acidente de moto no dia 31 de dezembro, bateu com a cabeça e ficou inconsciente, mas não conseguiu atendimento na unidade de saúde.
O hospital informou que não possui neurocirurgiões porque não faz atendimento de neurocirurgias. Além de neurocirurgião, o pai de Igor, Cosme Silva Evangelista, afirma que também não havia ortopedista no hospital.
— Não tinha neuro, não tinha ortopedista. As pessoas entravam lá quebradas e saíam quebradas.
Para Cosme, uma transferência bem-sucedida para uma unidade de saúde preparada poderia salvar a vida do filho.
— Se essa transferência acontecesse, evitava tudo isso aí. Hoje eu estaria com meu filho aqui, cantando, sorrindo e brincando. Tudo que ele gostaria de fazer.
O Albert Schweitzer prometeu à família que aconteceria a transferência, mas a promessa não foi cumprida.
— E como fica governador? Hoje é meu filho, amanhã pode ser o seu.
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