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Justiça aceita denúncia contra Cabral, sua mulher e outros 11 acusados na Operação Calicute

Ex-governador responderá por corrupção, lavagem de ativos e organização criminosa

Rio de Janeiro|Do R7

Sérgio Cabral foi preso em novembro e permanece detido em Bangu
Sérgio Cabral foi preso em novembro e permanece detido em Bangu Sérgio Cabral foi preso em novembro e permanece detido em Bangu

A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, e outros 11 acusados na Operação Calicute, que apura esquema de pagamento de propina envolvendo obras no Estado.

Segundo denúncia do MPF (Ministério Público Federal), foi atribuído ao grupo 21 "fatos delituosos". Além de Cabral e Ancelmo, tornaram-se réus após o juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitar a denúncia: Wilson Carlos, Hudson Braga, Carlos Miranda, Carlos Bezerra, Wagner Jordão, Pedro Ramos, Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, José Orlando Rabelo, Luiz Paulo Reis, Carlos Jardim Borges e Luiz Igayara.

Cabral responderá por corrupção passiva, lavagem de ativos e pela prática dos crimes de quadrilha e pertinência a organização criminosa. Ancelmo também se tornou se ré após denúncia por todos esses crimes, exceto corrupção passiva.

Segundo investigações do MPF, os delitos começaram quando Cabral assumiu o governo do Rio em 2007. Os procuradores dizem que o ex-governador seria o "líder do esquema", constituído a partir de quatro núcleos — o econômico, formado por executivos de empreiteiras organizadas em cartel; o núcleo administrativo, composto por gestores públicos do governo do Estado, os quais solicitaram/receberam propinas das empreiteiras; o núcleo financeiro operacional, cuja principal função era promover a lavagem do dinheiro desviado dos cofres públicos, e o núcleo político, integrado pelo chefe da organização criminosa Sérgio Cabral.

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A Operação Calicute é um desdobramento das investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro. O esquema criminoso, segundo os procuradores, passou a ser investigado a partir das delações premiadas de executivos de empreiteiras como Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

A denúncia afirma que "executivos das empreiteiras revelaram que atuação da organização no Rio de Janeiro não estaria restrita às obras da reforma do Maracanã, mas englobariam praticamente todas as grandes obras públicas de construção civil realizadas pelo ente público, dentre as quais podemos citar como exemplo a construção e/ou reforma dos estádios que sediariam as partidas da Copa do Mundo de 2014, a construção do Arco Metropolitano e a urbanização de grandes comunidades na cidade do Rio de Janeiro (PAC Favelas), custeado com recursos federais".

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