A justiça condenou os acusados de matar a ex-vocalista do grupo musical Kaoma, Loalwa Braz Vieira Machado Ramos, de 63 anos, no dia 19 de janeiro do ano passado em Saquarema, região dos lagos do Rio.
O homem que trabalhava como caseiro na pousada da cantora, Wallace de Paula Vieira, foi condenado a 37 anos de prisão por crime de latricínio (roubo seguido de morte) e por causar incêndio em uma residência habitada. Os outros dois suspeitos, Gabriel Ferreira dos Santos e Lucas Silva de Lima, pegaram 28 e 22 anos de reclusão, respectivamente, também por latrocínio.
Segundo a denúncia, a vítima estava dormindo, quando os acusados arrombaram a porta de seu quarto e a agrediram com pauladas, golpes de facas, chutes e socos. Além disso, a mulher também foi enforcada. Após as agressões, os três homens roubaram alguns bens da cantora, como jóias, dinheiro, um celular e um cartão bancário.
Ainda de acordo com a denúncia, os criminosos a agrediram novamente após tentar deixar o local e, com a cantora ainda viva, atearam fogo sobre seu corpo e sobre o imóvel. A vítima acabou falecendo e seu corpo foi carbonizado.
Para a juíza Aline Dias, responsável pela condenação dos acusados, a autoria do crime é indiscutível, já que os três foram presos em flagrante logo após a prática do delito.
"O crime foi premeditado pelos três réus, partindo sua ideia do réu Wallace, que era empregado da própria vítima, dormia no local, tinha conhecimento da rotina da pousada e de sua movimentação financeira, do alto valor lá guardado (R$ 15 mil) e sabia que, no dia e hora do local do delito, a vítima se encontrava sozinha e no seu quarto", destacou.
A magistrada lembrou também que a cantora era conhecida internacionalmente pela interpretação de sucessos da lambada e que Loalwa buscava retomar a sua carreira.
*Sob supervisão de PH Rosa