A Justiça do Rio determinou, na tarde desta quarta-feira (29), a transferência da professora Monique Medeiros, acusada pela morte do filho Henry Borel, para o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, zona oeste do Rio. Ela se apresentou na noite de terça (28) na 16ª DP (Barra da Tijuca) após decisão da 7ª Câmara Criminal do Rio.
O desembargador Joaquim Domingos de Almeida decidiu pela mudança de presídio após ser informado de que o Batalhão Prisional, para onde havia decidido que a detenta fosse levada, tem restrições para o encarceramento feminino, como por exemplo a impossibilidade de conceder banho de sol.
Monique volta para a cadeia após ficar por quase três meses em liberdade com monitoramento eletrônico e proibição de contato com terceiros. Em abril, a mãe Henry teve concedida a substituição da prisão preventiva pela juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, por conta de ameaças que alegou estar recebendo na prisão.
No entanto, o relator do caso, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, considerou que a determinação da 1ª instância ocorreu sem determinação de alvará de soltura e sem a comprovação das intimidações relatadas pela defesa.
O magistrado questionou, ainda, o fato de Monique ter sido levada para um endereço sigiloso, o que impedia a fiscalização do Ministério Público e a proteção do estado quanto à integridade física dela.
Antes de deixar da cadeia, em abril, a mãe de Henry ficou detida no Instituto Penal Santo Expedito. Segundo a defesa da professora, ela já recebeu ameaças em todos os presídios onde esteve custodiada.
Monique Medeiros é ré no processo que apura a morte do filho junto com o ex-namorado, o ex-vereador Dr. Jairinho. Segundo a investigação da polícia, Henry Borel morreu no apartamento onde o casal morava na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, no dia 8 de março.